27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC13c - Processos educativos e de formação de ACS |
22548 - FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO PERMANENTE DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE EM MUNICÍPIOS DA BAHIA DAMIANA DE ALMEIDA COUTO - UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, INGRID OLIVEIRA CHAVES - UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, THAIS MARTIELLE AVELAR FERNANDES - UFBA, DAYANE DE MADUREIRA SILVA - UFBA, DIANE COSTA MOREIRA - UFBA, JOSÉ PATRÍCIO BISPO JÚNIOR - UFBA
Apresentação/Introdução A gestão do trabalho em saúde tem, entre as suas atribuições, assegurar a formação e educação permanente aos profissionais de saúde. Esta característica também constitui parte do trabalho dos Núcleos de Apoio a Saúde da Família (NASF), com relevância para os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), uma vez que estes estão em contato diário com os usuários.
Objetivos Analisar a formação e educação permanente disponibilizada aos Agentes Comunitários de Saúde, assim com a formação sobre o Apoio Matricial.
Metodologia Este estudo origina-se do projeto Matriciamento e Equipe de Referência na Estratégia de Saúde da Família: avaliação do NASF em municípios da Bahia. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória. Os sujeitos do estudo foram 43 ACS de seis municípios da região sudoeste da Bahia. A coleta de dados ocorreu entre março a dezembro de 2017. As informações foram obtidas por meio de entrevistas semiestruturadas, guiadas por roteiro. Os dados foram analisados por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Utilizou-se uma matriz composta pelas dimensões: Ações de Educação Permanente desenvolvida; Formação sobre Apoio Matricial; NASF como promotor de educação permanente.
Resultados As atividades de educação permanente vivenciadas pelos ACS estão aquém do necessário para o desempenho do trabalho. O processo formativo dos ACS ocorre de maneira pontual, fragmentada e pouco relacionado com as atividades cotidianas. Evidenciou-se pouca ou nenhuma formação para o Apoio Matricial e para o trabalho do NASF, sendo este último relatado pela maioria como apenas uma reunião para apresentação dos profissionais da equipe de apoio. Contatou-se diminuta atuação do NASF na educação permanente dos agentes. A dimensão pedagógica do trabalho do NASF não é percebida pelos agentes de saúde. Os profissionais do apoio pouco têm contribuído para qualificar o trabalho dos agentes.
Conclusões/Considerações Constatou-se a inexistência de uma política de educação permanente destinada aos ACS. Percebe-se ainda a falta de formação para o Apoio Matricial e a fragilidade na dimensão pedagógica do NASF. A instituição de uma política de educação permanente orientada pelo trabalho tem a capacidade de ampliar a resolutividade na APS e promover maior entrosamento entre ACS, Equipe de Saúde da Família e NASF.
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