28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO13ac - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 29 |
22080 - DESAFIOS ATUAIS DA SAÚDE PÚBLICA: UMA CONTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES DO SUS EM FORMAÇÃO POLÍTICA CRÍTICA AQUILAS MENDES - FSP USP, LEONARDO CARNUT - FO UFMG, SAMARA JAMILE MENDES - FCF USP, HELTON SARAGOR SOUSA - FSP USP, VIRGINIA JUNQUEIRA - UNIFESP, JOSÉ ALEXANDRE BUSSO WEILLER - FSP USP, LUCIA DIAS DA SILVA GUERRA - FSP USP, TARSILA TEIXEIRA VILHENA LOPES - FO USP, BRUNNA VERNA CASTRO GONDINHO - FOP UNICAMP, DANIEL FIGUEIREDO - SANTA CASA DE SÃO PAULO
Apresentação/Introdução A formação política crítica dos trabalhadores na área da saúde tem sido um desafio que deve ser enfrentado no contexto problemático do capitalismo em crise. A Associação Paulista de Saúde Pública vem desenvolvendo um Curso de Formação Política em Saúde, apoiado em metodologias ativas de ensino-aprendizagem, que tem provocado reflexões da prática atual dos profissionais em saúde.
Objetivos Este trabalho busca analisar a visão dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS), participantes desse Curso, acerca dos desafios contemporâneos da Saúde Pública a luz da interpretação marxista.
Metodologia Este tema foi alvo de discussão durante a realização do Curso e ao seu término, 17 trabalhadores foram solicitados a responder a uma entrevista semiestruturada com diversos tópicos relacionados à experiência vivenciada. Diversas categorias foram elencadas e foi possível perceber que o conteúdo mais frequente na percepção dos trabalhadores
Resultados Diversas categorias foram elencadas e foi possível perceber que o conteúdo mais frequente na percepção dos trabalhadores referiu-se a categoria “Prática atual dos profissionais em saúde está distanciada do seu papel político”. Essa categoria chama atenção, pois reforça a necessidade de ampliar o escopo político do pensamento sanitário. Três outras categorias obtiveram também, alta frequência. São elas: “Entender melhor a influência do capital na saúde pública”; “Oportunidade de ler autores que não são comuns na minha rotina” e “Necessidade de uma revisão crítica da reforma sanitária e dos referenciais da saúde coletiva”.
Conclusões/Considerações Os trabalhadores percebem que suas ações estão distanciadas de um papel político crítico e que não permitem identificar saídas para além daquelas tradicionalmente apresentadas pela Saúde Coletiva (como melhorar os modelos de gestão, por exemplo). O enfrentamento pela unificação das forças e pela clareza do processo sócio-histórico no qual a Saúde Pública esta imersa é o caminho para uma prática profissional que compreenda melhor os desafios.
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