27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO13p - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 16 |
24423 - O CAMPO DA SAÚDE COLETIVA E A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE
GISELE MARIA MELO SOARES ARRUDA - UFC, MAYARA PAZ ALBINO DOS SANTOS - UFC, ANA LUIZA ALMEIDA MELO - UFC, RICARDO JOSÉ SOARES PONTES - UFC
Período de Realização
Fevereiro a junho de 2016
Objeto da Experiência
Atuação docente nas disciplinas de prática supervisionada da graduação em Fisioterapia
Objetivos
Relatar situações vivenciadas nas disciplinas de Prática Supervisionada Comunitária no curso de graduação em Fisioterapia e discutir o modelo assistencial a partir do referencial do Campo da Saúde Coletiva
Metodologia
Trata-se de um relato da experiência docente-assistencial durante o estágio de Prática Fisioterapêutica Supervisionada Comunitária I do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Católica de Quixadá (Unicatólica), realizado na Unidade Básica do Centro, em Quixadá-CE, entre fevereiro e junho de 2016. As ações realizadas foram registradas em diário de campo, cujas informações foram sistematizadas e analisadas em outubro de 2016 com base na literatura sobre o Campo da Saúde Coletiva.
Resultados
Alguns casos apresentados à equipe de estudantes demonstrou a inabilidade dos mesmos em conduzir o cuidado ampliado em situações onde, além do acometimento da funcionalidade, haviam demandas em saúde mental, como dor psicossomática e ideação suicida. Há uma fragilidade no modelo assistencial em saúde aprendido e ensinado diante da realidade social em que ocorre a inserção profissional.
Análise Crítica
Existe uma lacuna entre teoria e prática no reconhecimento da realidade e na habilidade em lidar com questões psicossociais transversais ao processo saúde-doença-cuidado. Esse dilema reside no conflito anunciado entre o modelo biomédico e a compreensão biopsicossocial da vida, que está na base constitutiva do campo da saúde coletiva. Ao mesmo tempo, observa-se uma resistência à integração das ciências sociais e humanas na formação e atuação em saúde de forma que gerem rupturas e reconstruções.
Conclusões e/ou Recomendações
Sugerem-se diálogos epistemológicos, políticos e práticos significativos que promovam o fortalecimento da interdisciplinaridade na formação em saúde. Além disso, acredita-se que o campo da Saúde Coletiva deve ser a rota da formação profissional em Saúde. Todavia, deve-se compreender que Saúde Coletiva não constitui apenas os cenários de práticas ou as disciplinas de forma fragmentada, mas a integração teoria-prática-inserção.
|
