27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO13m - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 13 |
27119 - A EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE: ENFRENTAMENTO DA ESQUISTOSSOMOSE POR MEIO DE UM TRABALHO DE FORMAÇÃO DOS AGENTES DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE NO RIO DE JANEIRO DANIELLE GRYNSZPAN - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ/ IOC/ LABORATÓRIO DE BIOLOGIA DAS INTERAÇÕES/ SETOR DE ALFABETISMO CIENTÍFICO, ALCIONE LIMA DA SILVA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE / SETOR DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE, EDNA CRISTINA DE OLIVEIRA AMENDOLA - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANGARATIBA
Período de Realização Trabalho em andamento, tendo se iniciado em 2017 e com previsão de término até o final de 2018.
Objeto da Experiência Percepção do risco da esquistossomose entre Agentes de Vigilância em Saúde, com a superação da abordagem biomédica por meio da educação permanente.
Objetivos Desenvolvimento de estratégias contextualizadas de ação educativa ligadas ao conceito de promoção da saúde, com vistas a proporcionar subsídios para a elaboração de mapeamento de locais de risco de focos de transmissão da esquistossomose e estímulo à busca ativa para acompanhamento por fluxograma.
Metodologia Levantamento de dados epidemiológicos sobre a esquistossomose no Rio de Janeiro desde 2016. Encontros iniciados de Formação para Atuação Profissional de Agentes da Vigilância em Saúde (AVS). Desenvolvimento de materiais ligados à percepção do risco ligado à esquistossomose e de estratégias contextualizadas. Construção compartilhada de planejamento coletivo, na perspectiva socioambiental e da promoção da saúde, com a definição de pontos de apoio (PAs) com base em parâmetros das realidades locais.
Resultados As oficinas de formação já evidenciaram carência de informação por parte dos AVS, o que se coaduna com a baixa associação entre determinantes sociais da saúde e parasitoses de veiculação hídrica. Indicou-se a relevância do planejamento fundamentado dos PAs, com base em possíveis focos de esquistossomose. Ao final, a experiência deverá contribuir para um programa conjunto, à luz da promoção da saúde, com o delineamento de fluxograma para integração entre setores da SMS para a prevenção da doença.
Análise Crítica A notificação compulsória, sem busca ativa, foi apontada como possível geradora da deficiência de dados epidemiológicos - que levam à categorização dos municípios do Estado do Rio de Janeiro como indenes para esquistossomose - como já vimos anteriormente em outros municípios do Estado do RJ. Outra questão importante é que programas de formação como Técnico em Vigilância em Saúde (CTVISAU) ainda sofrem muita influência do “modelo campanhista”, voltado à ideia de controle das endemias.
Conclusões e/ou Recomendações Consideramos a educação permanente dos profissionais de saúde como essencial para a consolidação do SUS, uma vez que a concepção ampliada de saúde é básica para a compreensão do processo saúde-doença. Indicamos a estruturação de um Programa Municipal de Promoção da Saúde e Enfrentamento da Esquistossomose, no qual o desenvolvimento das ações de vigilância ambiental integre ações educativas, na perspectiva socioambiental.
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