Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO13i - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 9

24199 - A EDUCAÇÃO PERMANENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
CAMILA RUSZKOVSKI MARQUES JOSINO - UFRGS, MÍRIAM THAIS GUTERRES DIAS - UFRGS

Apresentação/Introdução
A Educação Permanente em Saúde (EPS) na Atenção Básica, objetiva possibilitar espaços de discussão e reflexão dos processos de trabalho. Em 2004, a Portaria nº 198, apresenta a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS) com vistas à formação de trabalhadores para o Sistema Único de Saúde (SUS); e em 2007, a Portaria nº 1.996 a reformula articulando ensino, trabalho e cidadania.


Objetivos
Identificar qual o conhecimento acerca da PNEPS pelos gestores estaduais e municipais da Atenção Básica.


Metodologia
O estudo é uma revisão integrativa, cuja metodologia é preconizada em Cooper (1982), método que agrupa os resultados obtidos de pesquisas primárias sobre o mesmo assunto, sintetiza e analisa esses dados para desenvolver uma explicação mais abrangente de um fenômeno específico. Segue então 5 etapas distintas: formulação do problema, coleta dos dados, avaliação dos dados, análise e interpretação dos dados coletados e apresentação e discussão dos resultados. A amostra é composta por cinco artigos inseridos na base de dados Scielo, utilizando os seguintes descritores: educação permanente, educação em saúde, atenção básica; publicados entre os anos de 2004 e 2017, no idioma português.


Resultados
Identificou-se o desconhecimento acerca do conceito de educação permanente e da aplicação da PNEPS pelos gestores municipais, sendo inexistente estudos considerando a gestão estadual. Podem ser expressos pelos seguintes achados: 1- escassez de estudos acerca da temática, 2- falta de diálogo entre os gestores e trabalhadores, 3- confusão conceitual de educação permanente e continuada, 4- modelo verticalizado de educação para o SUS, com ações isoladas e fragmentadas de EPS, 5- ausência de um plano e coordenação para a EPS nos municípios.


Conclusões/Considerações
A EPS em saúde se encontra fragilizada no âmbito de gestão municipal, ocorrendo ainda de maneira centralizada nos gestores, com ações pontuais e descontinuadas. Os gestores e trabalhadores apresentam diferentes concepções acerca do processo da EPS. O conhecimento da PNEPS, pelos gestores, é essencial para a formação em serviço, a fim de modificar os processos de trabalho e as práticas de saúde, assim como suas dimensões políticas e pedagógicas.

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