26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO13g - Diálogos sobre Educação e Formação em Saúde 7 |
27287 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE – EXPERIÊNCIA VIVA NA REDE BRASILEIRA DE ESCOLAS DE SAÚDE PÚBLICA – UMA CONTRIBUIÇÃO À POLÍTICA NACIONAL PATRICIA POL COSTA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA ENSP/FIOCRUZ, ROSA MARIA PINHEIRO SOUZA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, MARIA LUCIA DE MACEDO CARDOSO - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA ENSP/FIOCRUZ, DELAINE MARTINS COSTA - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA, CACO XAVIER - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
Apresentação/Introdução A educação permanente em saúde, EPS, tem sido tema recorrente nos debates das 49 instituições formadoras componentes da RedEscola, nos seus aspectos políticos, metodológicos e operacionais. Um edital do CNPq abriu a oportunidade para que fosse realizada a pesquisa apresentada a seguir, que envolveu 9 escolas integrantes da Rede nas cinco regiões brasileiras, mostrando-se estratégica e marcante.
Objetivos A pesquisa buscou analisar aspectos da implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, tendo como referência a práxis das instituições formadoras participantes da RedEscola, a partir da reflexão de seus integrantes.
Metodologia Foram realizadas oficinas com os trabalhadores das escolas participantes, concebidas como espaços conversacionais, recurso da pesquisa qualitativa e da facilitação sistêmica de processos coletivos, permitindo momentos de reflexão e de construção de conhecimentos colaborativos das experiências relatadas. Evitou-se partir de uma hipótese a ser comprovada, ou refutada, assim como de qualquer conceito definido por normativa, tampouco se desejava reproduzir uma postura pesquisadores x pesquisados. A partir de perguntas disparadoras, os participantes, organizados em grupos, produziram mapas de relações para cada experiência relatada, elaborando sínteses e análises por meio de diagramas.
Resultados Apesar do Ministério da Saúde ter encerrado o repasse dos recursos em 2011, as escolas incorporaram marcos conceituais da EPS: as metodologias ativas e problematizadoras, a transformação dos processos de trabalho, integração ensino-serviço, trabalho em equipe e o controle social, seja na composição de cursos ou nas práticas institucionais cotidianas. Importante destacar que a segunda portaria enfraqueceu as CIES como espaço democrático de pactuação. Além disso, o Ministério estabeleceu linhas prioritárias que passaram a ser a principal fonte financiadora para as escolas. Destacou-se também a cultura das questões assistenciais sobreporem-se às questões da educação na agenda política da saúde.
Conclusões/Considerações Se, por um lado, o Ministério da Saúde implementou a Política de EPS em todo o território nacional, por outro, não apenas ao cessar o financiamento, mas ao adotar medidas que não se coadunam às realidades locais, por vezes verticalizam as relações de poder institucionais, comprometendo o quadrilátero da EPS. Ao ver como as escolas se apropriaram da EPS, concluímos que escutá-las no atual processo é imprescindível para a revisão da Política.
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