29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC23c - Práticas Integrativas e Complementares em Múltiplas Perspectivas II |
27619 - “PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES E O USO DE PLANTAS MEDICINAS NO SUS: UMA NOVA PERSPECTIVA PARA SAÚDE BUCAL" NAYARA RUDECK OLIVEIRA - UFES, FÁBIO HEBERT DA SILVA - UFES
Apresentação/Introdução A inserção de plantas medicinais no SUS parte de estímulos que priorizam: cuidado compartilhado, educação popular para saúde, fomento de rede, desenvolvimento social e a afirmação dos saberes populares. Estudos que se proponham pesquisar a inclusão dessas práticas como estratégia de promoção da saúde, justificam-se pela necessidade de conhecer experiências que vêm sendo desenvolvidas na atenção básica.
Objetivos Estudar o processo de implementação da Política de Praticas Integrativas e Complementares do SUS no que se refere às plantas medicinais e aos fitoterápicos na rede de atenção básica na Prefeitura Municipal de Vitória.
Metodologia Além da observação e registro em diário de campo, foram realizadas entrevistas com roteiro semi-estruturado com equipe de saúde bucal e usuários de uma unidade básica de saúde (UBS). Critérios de inclusão: cirurgiões dentistas e auxiliar de saúde bucal que trabalham na ESF e usuários da localidade de abrangência da UBS. Critérios de exclusão: profissionais e moradores que não aceitassem participar do estudo. Relatos de experiências foram gravados após concordância por meio de Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) e transcritos para posterior análise de dados qualitativos submetidos à sistematização por protocolo e observação científica de eixos direcionais.
Resultados Notou-se um descompasso nas informações sobre os fitoterápicos que estão disponíveis na rede e os que podem ser prescritos pelo dentista. Profissionais apontaram que o uso de plantas medicinais não é contemplado nos processos de formação e salientaram a importância de uniformidade nas normas técnicas prescritivas. Apesar da utilização de plantas medicinais ser incentivada e defendida para ser inserida nos programas de atenção primária à saúde, e de haver boa receptividade por parte dos usuários, os aspectos estruturais da gestão dos serviços de saúde e o predomínio do saber biomédico na formação ainda orientam a forma de organizar o trabalho com plantas medicinas e fitoterápicos na Atenção Básica.
Conclusões/Considerações Salienta-se a importância de aproximação das equipes da Atenção Básica, para que, através do diálogo e troca de saberes, possam divulgar a importância dessas práticas para autonomia dos profissionais e a possibilidade de reinventar modos de cuidado. Destaca-se a importância da reorientação do modelo de atenção à saúde, aonde as práticas deverão ser centradas na escuta acolhedora, ampliação do vínculo e da integralidade do cuidado.
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