29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC23c - Práticas Integrativas e Complementares em Múltiplas Perspectivas II |
23122 - ACESSO DO USUÁRIO AO SERVIÇO DE FITOTERAPIA NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ATRAVÉS DA ANÁLISE DE REDES SOCIAIS MONIQUE DE LIMA FONSECA RODRIGUES - IESC/UFRJ, MARCIA GOMIDE S. MELLO - IESC/UFRJ
Apresentação/Introdução A pesquisa analisou as cadeias relacionais percorridas na rede pessoal dos usuários de fitoterapia em uma unidade básica de saúde no município do Rio de Janeiro. Com abordagem na análise de redes sociais e fundamentado nas políticas públicas, discute-se o acesso e gestão da política pública de plantas medicinais e fitoterápicos comparando com a realidade encontrada no serviço de saúde pesquisado.
Objetivos Analisar o acesso ao serviço de fitoterapia ofertado por uma unidade do SUS no município do RJ, sob a perspectiva da ARS
Identificar as cadeias relacionais e analisar como a rede social se relaciona com a obtenção do acesso ao serviço da fitoterapia
Metodologia A ARS é classicamente baseada na utilização de técnicas qualitativas e quantitativas complementares. A pesquisa realizou entrevistas abertas dirigidas aos usuários de plantas medicinais e /ou fitoterápicos, em uma UBS de grande afluxo do município do RJ. As entrevistas identificaram se esses tinha conhecimento da oferta do serviço, se a busca resultava de livre demanda, de encaminhamento, prescrição por profissional de saúde da unidade de serviço ou externa.A análise dos dados foi realizada através do software Gephi 9.1, para o cálculo das métricas de ARS e os sociogramas permitiram identificar como os usuários acessam a fitoterapia.
Resultados Foi observado a preponderância da rede pessoal para a indicação da fitoterapia em comparação a rede do serviço público de saúde. Interessante notar, nos três sociogramas, que 100 interações existentes, em 156 nós, não dão densidade e nem fluxo de conectividade à rede, já que, além de poucas, são esparsas. Este resultado indica a importância da proposta de referência e contra referência, na lógica da descentralização, premissa ímpar do SUS. Sua ausência reflete no desempenho de um programa. No sociograma também foi evidenciado nós representando profissionais de saúde inseridos na UBS com menor grau de centralidade, portanto menores e menos ativos na rede.
Conclusões/Considerações O presente trabalho aponta distanciamento entre as políticas e a prática, que a dinamicidade das redes dos usuários de fitoterapia é um construto social, histórico. Prevalece existindo em meio ao vazio do serviço. Somam-se dificuldades para oferta dessa PIC, agravadas pela atual conjuntura político-econômica, fragilizando seu caráter universal e integral de assistência social. É imperioso sua oferta, hoje, praticamente invisível.
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