28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC23b - Práticas Integrativas e Complementares em Instituições Assistenciais e Educacionais |
22611 - HATHA-YOGA E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE: EFEITOS SOBRE A DOR, INCAPACIDADE E ESTRESSE EM PROFISSIONAIS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO FERNANDA MAZZONI DA COSTA - COORDENAÇÃO DE SAÚDE, SEGURANÇA E BEM-ESTAR/UFJF, NELSON FILICE DE BARROS - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS/UNICAMP, HENRIQUE CERETTA OLIVEIRA - FACULDADE DE ENFERMAGEM/UNICAMP, NEUSA MARIA COSTA ALEXANDRE - FACULDADE DE ENFERMAGEM/UNICAMP
Apresentação/Introdução Os distúrbios osteomusculares e os transtornos mentais são relevantes no processo de adoecimento do trabalhador brasileiro e intervenções ergonômicas que incluam orientações e exercícios físicos são uma estratégia de promoção da saúde. Neste contexto, as práticas integrativas e complementares apresentam-se como possibilidade de promoção da integralidade e o Yoga como uma alternativa terapêutica.
Objetivos O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos de uma intervenção, composta por sessões de Hatha-Yoga e atividade de educação para a saúde, desenvolvida com profissionais de um hospital universitário.
Metodologia Realizou-se um estudo de intervenção em um hospital universitário de Minas Gerais. Dos 232 profissionais, 174 aceitaram participar. Destes, 125 apresentavam sintomas osteomusculares de intensidade≥1 e não praticavam Yoga, sendo aleatoriamente distribuídos nos grupos intervenção (GI, n=63) e controle (GC, n=62). Ambos responderam questionários de caracterização sociodemográfica/ocupacional, Nórdico, Escala numérica, Incapacidade causada pela dor e Estresse percebido. Com o GI desenvolveu-se um programa de 12 semanas, com Hatha-Yoga e atividade de educação para a saúde. Após, os grupos responderam novamente os questionários. Compararam-se os dados antes e após a intervenção e entre os grupos.
Resultados A maioria eram profissionais jovens, sexo feminino, com formação superior, jornada de trabalho condizente com legislação, um emprego, regime CLT, de setores assistenciais, com dor na parte inferior das costas. Antes da intervenção, o GI apresentava mais dor, incapacidade e estresse do que o GC. Houve melhora ao longo do tempo nos dois grupos, mas a diferença entre as médias do início e final da intervenção mostra que a dor, incapacidade e estresse diminuíram mais no GI do que no GC. Contudo, tendo o GI iniciado a intervenção em condição clínica desfavorável, o resultado obtido proporcionou diminuição da diferença entre os grupos, mas foi insuficiente para possibilitar que o GI superasse o GC.
Conclusões/Considerações Os resultados deste estudo evidenciam que a intervenção desenvolvida promoveu melhora da intensidade da dor, incapacidade e estresse nos participantes do GI e indicam que programas semelhantes podem ser explorados na promoção da saúde do trabalhador, considerando as possibilidades e desafios da implementação das práticas integrativas e complementares em saúde e os limites e perspectivas da pesquisa na área.
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