26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO23a - Práticas Integrativas e Coplementares na Atenção Primária à Saúde |
28071 - DESENVOLVIMENTO E OFERTA DE CURSO SEMIPRESENCIAL DE AURICULOTERAPIA PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE DA ATENÇÃO PRIMÁRIA NO BRASIL CHARLES DALCANALE TESSER - UFSC, LUCIO JOSÉ BOTELHO - UFSC, ARI OJEDA OCAMPO MORÉ - UFSC, EMILIANA DOMINGUES CUNHA DA SILVA - UFSC, FÁTIMA PELEGRINI - UFSC, MELISSA COSTA SANTOS - UFSC
Período de Realização Março de 2015 a dezembro de 2017 (com continuidade em 2018).
Objeto da Experiência Uma capacitação semipresencial para profissionais da atenção primária à saúde brasileira (APS) em auriculoterapia (estimulação de pontos da orelha).
Objetivos Descrever o desenvolvimento e oferta de curso de extensão semi-presencial de 80 horas de auriculoterapia para profissionais de nível superior da APS (75 horas a distância [EAD] seguidas de etapa presencial única de 5 horas), encomendado pelo Ministério da Saúde e realizado pela UFSC.
Metodologia Narrativa baseada na experiência, nos documentos institucionais e de trabalho. O método do curso envolvia módulos teóricos EAD sequenciais (1- introdução; 2- reflexologia da orelha; 3- auriculoterapia na medicina tradicional chinesa; 4- auriculoterapia na biomedicina [neurofisiologia, evidências, etc]; 5- usos na APS), que eram pré-requisitos uns para os outros e para a etapa presencial de 5 h de atividades práticas dos alunos uns nos outros em grupos e com discussão de casos clínicos.
Resultados Em 2015 os conteúdos (originais) foram produzidos por equipe multiprofissional de acupunturistas com atuação na APS (atual ou prévia). A etapa EAD foi realizada na plataforma moodle (5 módulos de 15h cada), com 14 vídeo-aulas curtas (5-10 min) e apostilas em pdf.. A etapa presencial foi realizada em polos-regionais espalhados (25 cidades de 22 estados: AL, AM, AP, BA, CE, ES, MA, MT, MS, MG, PB, PR, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP, SE, TO). Foram formados mais de 4200 profissionais em 2016-2017.
Análise Crítica Há crescente volume de pesquisa mostrando efetividade da auriculoterapia, mas ela persiste fora do ensino regular na saúde. A opção pedagógica foi a introdução da auriculoterapia conforme as racionalidades médicas da medicina tradicional chinesa e da biomedicina. Não conhecemos experiência similar, nem cursos análogos. As etapas presenciais foram realizadas em colaboração com secretarias municipais e ou estaduais de saúde, que viabilizaram salas de aula e, na maioria dos casos, monitores.
Conclusões e/ou Recomendações A capacitação em auriculoterapia é possível via ensino semipresencial e permite ampliar as opções terapêuticas, contribuindo para a integralidade do cuidado. A experiência mostrou que há possibilidade de expandir o uso da auriculoterapia em larga escala, ampliar o acesso a essa prática nas diferentes regiões do Brasil e torná-la uma PIC disseminada na atenção básica. A oferta do curso será continuada pelos próximos dois anos.
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