29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC26c - Problemas de saúde, atenção e práticas tradicionais |
27833 - A INTEGRAÇÃO DO INDÍGENA NO ESPAÇO URBANO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA AMANDA RIBEIRO DOS SANTOS - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/ UNESP., CAROLINE ELIANE COUTO - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP., WELLINGTON SEVERINO ALVES MAMEDES - FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP., PAULA FRANCINETH FRÓES DA SILVA AZEVEDO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE MANAUS
Período de Realização Estágio optativo realizado entre 23 de janeiro de 2018 e 15 de fevereiro de 2018.
Objeto da Experiência Atenção à Saúde Indígena, acompanhando as ações do Núcleo de Saúde dos Grupos Especiais (NUSGE) da Secretária Municipal de Saúde (SEMSA) de Manaus.
Objetivos Compreender a organização das ações de saúde indígena, entendendo as fragilidades e facilidades do acompanhamento dessas famílias dentro dos centros urbanos, assim como participar do o processo de georreferenciamento, implantado pelo Núcleo de Saúde dos Grupos Especiais (NUSGE) da SEMSA/MA.
Metodologia Trata-se de uma sistematização de experiência do estágio optativo do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família pela UNESP, junto à SEMSA/MA. A experiência ocorreu em 3 momentos: I) Reunião com o NUSGE e os distritos de saúde (DISA) para elaborar a agenda e a metodologia de trabalho; II) realização de visitas institucionais e reuniões as lideranças indígenas de todos os DISA; III) atividade de educação em saúde em uma comunidade indígena e elaboração do relatório de estágio.
Resultados Observou-se que as características e costumes culturais das comunidades indígenas, por vezes, as tornam vulneráveis ao distanciamento da rede de atenção à saúde, sendo a invisibilidade desta questão, a exclusão social, a pobreza multidimensional e o preconceito os principais fenômenos sociais que rebatem sobre esta parcela da população. Identificou-se que a organização dessas comunidades em torno de um líder, facilita o processo de vinculação, deixando claro sua luta e resistência.
Análise Crítica Ao migrarem para os centros urbanos, em sua maioria buscando acesso a direitos básicos, famílias indígenas são desvinculadas do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, o qual é um símbolo histórico de luta dessa população. Essa perda da historicidade, somada ao contexto no qual o ambiente urbano e os serviços oferecidos não reconhecem e, por vezes, não estão preparados para lidar com o indígena não-aldeado e suas particularidades, pode tornar-se um determinante na saúde dessa população.
Conclusões e/ou Recomendações A saúde indígena é uma demanda para o SUS, esteja o indígena aldeado ou inserido nos centros urbanos, sendo necessária a elaboração de estratégias para a atenção à saúde que considerem suas especificidades e determinantes sociais que os afetam. Destaca-se que o trabalho de georreferenciamento realizado pela SEMSA/MA, é uma iniciativa que contribui para visibilidade e garantia de acesso ao direito à saúde dessa população.
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