Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC26b - Política, práticas e campo da saúde indígena

26847 - APRENDENDO A CUIDAR ATRAVÉS DA ESCUTA EM UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE INDÍGENA
AIDA BRANDÃO LEAL - UFES, JANAÍNA MARIANO CÉSAR - UFES, ANDRESSA RIGUETE - UFES, LUANA TRINDADE - UFES, NATALIA DALFIOR - UFES, RAFAEL GOMES - UFES, DAYANE NEVES - UFES, FABIO HEBERT - UFES, GABRIEL BORGES - UFES, MAIARA DA SILVA - UFES


Apresentação/Introdução
A presente pesquisa-intervenção “Saberes Tradicionais Indígenas e Produção de Subjetividade: Memória e Políticas de Saúde” tem como campo as aldeias Guarani e Tupinikim (Aracruz/ES). Este relato visibiliza uma ação específica vinculada à Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI): a Campanha Nacional “Setembro Amarelo” e o debate sobre sua organização/pertinência na comunidade indígena Tupinikim.


Objetivos
O trabalho objetivou mapear com trabalhadores da UBSI sentidos da campanha para a comunidade indígena e proporcionar escuta e debate entre estes sobre a relação entre processo de trabalho e produção de cuidado no contexto específico dos Tupinikim.


Metodologia
Para isso, realizou-se o dispositivo grupal de roda de conversa, com perguntas semiestruturadas disparadoras, que proporcionassem condições para fala-escuta. Intentou-se problematizar: “como se dão as diferenças entre um serviço de saúde indígena e não-indígena?”, com objetivo de discutir diferenças e singularidades da produção de cuidado em saúde específica da aldeia Tupinikim. Ainda: “qual a pertinência do tema do suicídio no território indígena? Como trabalhar o tema?”. A questão problematiza a relevância da campanha nacional, a partir do contexto das relações sociais-econômicas-culturais da comunidade Tupinikim, tendo em vista a quase inexistência de casos de suicídio nesse contexto.


Resultados
O dispositivo proporcionou escuta-fala entre diferentes profissionais da equipe da UBSI. Manifestaram angústia em decorrência das limitações que envolvem as condições de trabalho e suas demandas; reconhecem também o empenho para desenvolver um atendimento atento às singularidades da comunidade; relatam insatisfação, na dificuldade de alcançar efeitos positivos pelo trabalho, em função da numerosa demanda que a comunidade indígena apresenta e principalmente daquelas advindas do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI)/ Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI); problematizam a realização da campanha no contexto em que outras questões mostram-se graves.


Conclusões/Considerações
O dispositivo oportunizou elaboração-partilha, problematizando as demandas que chegam ao serviço de saúde e sua pertinência local. Neste caso, o suicídio não encontra a relevância existente em outros territórios. Por isso, o reposicionamento de demanda externa às necessidades de saúde da população atendida e a importância dos espaços de debate-análise em que trabalhadores fortaleçam escuta, vínculos e atenção às potencialidades do trabalho.

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