28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC26b - Política, práticas e campo da saúde indígena |
22727 - ATIVIDADES REALIZADAS POR INTERNOS DO CURSO DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ DURANTE O ESTÁGIO RURAL/INDÍGENA NA ALDEIA DO MANGA, ETNIA KARIPUNA GIOVANNA ROCHA SANTANA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, ALCEU DOS SANTOS SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, LUCAS VINICIUS REZENDE DE MORAIS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, PABLO STEVAN BARBOSA DE CARVALHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, LUCAS GIANNINI DE OLIVEIRA CONRADO ARRUDA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, GINO MORETO TERAMUSSI - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, IAGO LUAN SILVEIRA DA SILVA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ, ANA LAURA GOES SALVIANO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
Período de Realização Acontece desde 2014, normalmente, no último trimestre do 6º ano do curso de medicina.
Objeto da Experiência Interação desenvolvida entre acadêmicos do curso de medicina e os indígenas Karipuna da aldeia do MANGA-Oiapoque durante o internato rural/indígena.
Objetivos Descrever as atividades realizadas durante o internato rural/indígena por alunos de medicina da Universidade Federal do Amapá. Ressaltar esse estágio como importante meio de promoção à atenção primária em saúde e integração social. Estimular à busca por soluções às necessidades do povo indígena.
Metodologia Para a formação desse resumo, foram utilizados: a matriz curricular do curso de medicina da Universidade Federal do Amapá, onde constam as competências a serem desenvolvidas no estágio rural/indígena, o plano de ensino desenvolvido pelos docentes do colegiado - do mesmo curso e universidade - para o estágio rural e uma série de narrativas e portfólios escritos por alunos que participaram dessa experiência. Tais documento e relatos foram analisados em salas de aula por alunos do 5º ano.
Resultados De segunda à quinta-feira os alunos atendiam nas UBSs do Oiapoque. Sexta pela manhã ocorriam ações de educação em saúde na aldeia do MANGA, eram expostos temas e discutido estratégias de prevenção e promoção à saúde com o povo Karipuna. Sexta à tarde, havia discussão de casos clínicos enfatizando diagnóstico e tratamento de doenças observadas naquele território. Ao final do estágio, os alunos elaboraram uma narrativa descrevendo suas vivências e um plano de intervenção para aquela comunidade
Análise Crítica A falta conceitos, durante graduação e vida escolar, relacionados à saúde indígena (diversidade étnico racial, interculturalidade, saúde ambiental) propicia o fortalecimento de estigmas em se trabalhar apenas com populações tradicionais, o que dificulta o desenvolvimento de atividades naquela área. Porém, com o esclarecimento dos conceitos em saúde e cultura indígena, o ambiente de aceitação, medo e ansiedade antes vistos nos alunos foram substituídos por disposição e interesse para o estágio.
Conclusões e/ou Recomendações O estágio rural/indígena tornou-se uma experiência indispensável aos médicos aqui formados. Apesar de, inicialmente, haver recusa à ideia de atuar no interior do estado e realizar ações de educação em saúde indígena, as narrativas analisadas deixaram claro que é possível integrar conhecimentos socais, humanistas e de saúde para melhor compreensão do paciente em seu meio social, buscando-se então ampliar o acesso desses povos ao serviço de saúde.
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