27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC26a - Análises da situação de saúde dos povos indígenas |
22724 - PERCEPÇÃO DE SAÚDE DOS ADOLESCENTES ESCOLARES INDIGENAS: A PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR (PENSE), BRASIL, 2015 ELIANA LIMA FERREIRA - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, ELIS RODRIGUES - CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - UNIFESSPA, GABRIEL BRITO PROCÓPIO - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, JUSSARA DA SILVA NASCIMENTO ARAÚJO - PPGECM - UNIFESSPA, ALICE SILAU AMOURY NETA - PPGECM - UNIFESSPA, RAIMUNDA ELAINE ARAUJO BARRETO - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, MYLLENA FERREIRA PEIXOTO - SAÚDE COLETIVA - UNIFESSPA, LETÍCIA DIAS LIMA JEDLICKA - IESB - UNIFESSPA, SIDNEI CERQUEIRA DOS SANTOS - IESB - UNIFESSPA, ANA CRISTINA VIANA CAMPOS - IESB - UNIFESSPA
Apresentação/Introdução A percepção de saúde entre os adolescentes é um medidor do estado de saúde, porém os estudos na população indígena ainda são escassos. A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) no ano de 2015 entrevistou adolescentes com idade de 13 a 17 anos para investigar fatores de risco e proteção à saúde dos adolescentes de escolas públicas e particulares no Brasil.
Objetivos Analisar a associação entre percepção de saúde e condições socioeconômicas e uso de serviços de saúde entre adolescentes indígenas escolares do estudo PeNSE 2015.
Metodologia Estudo ecológico com a utilização de dados do PeNSE 2015. Do total da amostra brasileira (N=102095), este estudo selecionou os 3825 (3,74%) escolares que se declararam indígenas. A variável dependente foi a percepção de saúde (muito bom, bom, regular, ruim e muito ruim). As variáveis independentes foram as condições socioeconômicas e uso de serviços de saúde. Análise descritiva e regressão logística ordinal com o modelo Odds Proporcional e função Logit foram executadas no SPSS19, p≤0,05.
Resultados A maioria dos escolares eram do sexo masculino (52,8%), não trabalhavam (85,5%), cursavam o 9º ano (96,7%). A idade variou entre 11 e 19 anos (média=14,4 ±1,2 anos). Em relação ao uso dos serviços de saúde, 53% procurou o serviço de saúde, destes 45,8% foram à Unidade Básica de Saúde. Os escolares classificam sua saúde como muito boa (39,1%) e boa (31,0%), com diferenças estaticamente significantes entre os sexos (p=0,000) e entre as faixas etárias (p=0,000). No modelo regressão final, observou-se pior percepção de saúde entre os escolares mais velhos (p=0,002), que usaram o serviço de saúde, mas não foram à uma Unidade Básica de Saúde (p=0,024) e menor escolaridade (p=0,000).
Conclusões/Considerações Os resultados sugerem que a disparidade entre idade e escolaridade são os principais fatores de risco para percepção negativa da saúde entre adolescentes indígenas escolares. Os educadores e os profissionais de saúde devem estar atentos à existência de insatisfação saúde nesta população, sendo necessário investigar outros aspectos da vida desses adolescentes.
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