Comunicações Orais

27/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO26b - Nutrição e Alimentação dos povos indígenas

27151 - INQUÉRITO DE SAÚDE MATERNO INFANTIL DO POVO INDÍGENA BANIWA, NOROESTE AMAZÔNICO, BRASIL: RESULTADOS GERAIS
HERNANE GUIMARÃES DOS SANTOS JUNIOR - ISCO/UFOPA, ALINE A. FERREIRA - INJC/UFRJ, CARLOS E. A. COIMBRA JR. - ENSP/FIOCRUZ, LUIZA GARNELO - ILMD/FIOCRUZ


Apresentação/Introdução
Inquéritos nacionais apontam evidências de desnutrição em populações amazônicas, embora inexistam estudos por município ou grupos étnicos. Dados operacionais de serviços de saúde indígena identificam déficits nutricionais na população materno infantil da povo indígena Baniwa, caracterizando-os como importante fator de agravo das vulnerabilidades sóciosanitárias enfrentadas pela etnia.


Objetivos
Descrever perfil nutricional e variáveis socioambientais população materno-infantil da etnia Baniwa Noroeste Amazônico.


Metodologia
Foi realizado um inquérito populacional (janeiro/2009) em crianças indígenas <5 anos e mulheres indígenas Baniwa (14-49 anos), a partir de amostra probabilística estratificada das aldeias, de acordo com as microrregiões (Camarão, Tunuí, Tucumã, Canadá e São Joaquim). O tamanho da amostra foi estimado com base no tamanho da população alvo em cada microrregião (prevalência de 50% para todos os resultados, precisão relativa de 5%, IC95%). Entrevistas, medições físicas e clínicas e coleta de dados secundários, baseadas nos questionários do I Inquérito Nacional de Saúde e Nutrição Indígena. Foram realizadas medidas de dispersão e análises de frequências (IC95%).


Resultados
Avaliou-se 577 mulheres (96,0%) e 376 crianças (84,0%) de 26 aldeias. Nas residências, 75,3% (IC95%=72,7-77,9) eram de chão de terra, 64,7% (IC95%=62,0-67,4) de parede de barro/taipa e 55,8% (IC95%=52,9-58,6) recebiam benefícios sociais. A fonte de água para consumo em 77,0% dos domicílios foi de rio/igarapé/lago/açude, cerca de 95% realizavam cultivo/criação/caça/pesca domiciliar e coletiva. Nas mulheres não grávidas, destacam prevalências de excesso de peso (31,0%), anemia (52,0%) e hipertensão (2,0%). Nas crianças, prevalências de baixa estatura-para-idade (53,0%), baixo peso-para-idade (11,0%) e anemia (68,0%); 45% das causas de internações durante 12 meses anteriores foi por diarreia.


Conclusões/Considerações
Os resultados apontam uma transição nutricional coexistindo com elevadas prevalências de desnutrição/anemia. Os indicadores socioeconômicos, demográficos e de saúde materno/infantil Baniwa foram piores que os documentados para a população nacional indígena. As disparidades observadas enfatizam que os serviços básicos de saúde e saneamento não estão amplamente disponíveis nas comunidades indígenas do Brasil, especialmente na Amazônia.

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