29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC6d - A comunicação em diferentes narrativas e contextos |
25612 - COMPREENSÃO DA PRESCRIÇÃO MÉDICA NA ATENÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO NA AMAZÔNIA BRASILEIRA PABLO STEVAN BARBOSA DE CARVALHO - UNIFAP, LUCAS GIANNINI DE OLIVEIRA CONRADO ARRUDA - UNIFAP, LUCAS VINÍCIUS REZENDE DE MORAIS - UNIFAP, GINO MORETO TERAMUSSI - UNIFAP, GIOVANNA ROCHA SANTANA - UNIFAP, ANA LAURA GOES SALVIANO - UNIFAP, IAGO LUAN SILVEIRA DA SILVA - UNIFAP, MAIRA TIYOMI SACATA TONGU NAZIMA - UNIFAP, TIAGO SOUZA AMORIM - UNIFAP, RAQUEL RODRIGUES DO AMARAL - UNIFAP
Apresentação/Introdução A falta de compreensão da prescrição é considerada uma importante razão para falha do tratamento medicamentoso. Dificuldades em compreender de forma adequada as informações da prescrição são comuns na atenção primária e podem decorrer linguagem muito técnica do médico, informações desorganizadas, escolaridade baixa dos pacientes, aspectos culturais e erro médico.
Objetivos O intuito do estudo foi avaliar os diversos fatores que interferem direta ou indiretamente na compreensão da prescrição médica e do tratamento por pacientes atendidos na Unidade Básica de Saúde da Universidade Federal do Amapá.
Metodologia O estudo ocorreu na Policlínica da Universidade Federal do Amapá entre outubro e novembro de 2017. Um grupo de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal do Amapá entrevistou duzentos pacientes atendidos na policlínica no período de estudo. A pesquisa foi realizada a partir da aplicação de um questionário que continha questões estruturadas e abertas buscando avaliar o conhecimento dos pacientes quanto ao tratamento proposto, compreensão da prescrição, entendimento de posologia, compreensão de finalidade medicamentosa e entendimento do início do efeito da medicação. Posteriormente os dados foram tabulados e analisados pela equipe do projeto.
Resultados Foi encontrado que 32% dos entrevistados afirmou não compreender a finalidade dos medicamentos receitados. A maioria (58%) não compreendeu a partir de quando o medicamento resultaria em melhora clínica e 30% afirmou não se sentir estimulado pelo médico a fazer perguntas e sanar dúvidas. Por outro lado, 84,3% ainda assim, afirmaram que no geral compreenderam bem o tratamento instituído e a maioria (75,5%) acredita na eficácia do que lhe fora prescrito. 82,5% afirmavam entender horário, quantidades e duração do tratamento após receberem orientação médica.
Conclusões/Considerações O atendimento feito pelos médicos da Policlínica da Universidade Federal do Amapá tem-se mostrado falho em alguns aspectos relacionados à adequada compressão do tratamento farmacológico pelos pacientes. Conclui-se que instituir um bom vínculo com o paciente, muni-lo de informações em linguajar adequado e estimula-lo a sanar dúvidas são pontos chaves para uma boa compreensão e sucesso terapêutico.
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