Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC6b - Comunicação, sociedade e sentidos (experiências e pesquisas)

26431 - HÁ PARRESIA EM BLACK MUSEUM? REFLEXÕES ACERCA DO DIZER-A-VERDADE NO GÊNERO DISTOPIA SOBRE TECNOLOGIAS DIGITAIS EM SAÚDE
THAÍS MARANHÃO - UFRGS E FEEVALE, MARIA HENRIQUETA LUCE KRUSE - UFRGS


Apresentação/Introdução
O gênero distópico pode ser compreendido como um “aviso de incêndio” sobre aspectos da atualidade. Vivemos um contexto de emergência de tecnologias digitais no cotidiano, e de questionamentos no campo ético/moral do sujeito na contemporaneidade. Este estudo, inserido na interface entre saúde coletiva e estudos foucaultianos, buscou articular o dizer-a-verdade da parresia e a ética do sujeito.


Objetivos
Apresentar reflexões acerca de relações entre sujeito e verdade, no contexto de uma produção audiovisual, de gênero distópico, relacionado à temática das tecnologias digitais em saúde.


Metodologia
Trata-se de um ensaio, modalidade reflexiva de cunho qualitativo. O elemento disparador das reflexões foi o episódio Black Museum, da 4ª temporada da série Black Mirror, da produtora Netflix. A partir da interrogação “Há parresia em Black Museum?” selecionou-se três cenas do episódio nas quais se considera que os personagens atuam manifestando a verdade. Articulou-se relações entre tais cenas e as noções das modalidades do dizer-a-verdade elaborados por Foucault, na obra Coragem da Verdade. O estudo foi elaborado no período de janeiro de 2018.


Resultados
A parresia para Foucault é “a coragem da verdade naquele que fala e assume o risco de dizer, a despeito de tudo, toda a verdade que pensa”, e em simultaneidade, “a coragem do interlocutor que aceita receber como verdadeira a verdade ferina que ouve”; todavia, nem todo dizer-a-verdade é parresíastico, há também outras modalidades como a do ensino/tecnica, da sabedoria, e da profecia.
No episódio Black Museum permitiu-se pensar que há três cenas com características parresiásticas, entre dois personagens (Rolo Haynes e Nish). Sugere-se que há um “jogo parresiastico” entre os dois. Também aparece outra modalidade de dizer-a-verdade (o da técnica), no contexto da narrativa.



Conclusões/Considerações
Ao refletir sobre a parresia, pretende-se promover uma discussão sobre um discurso que é, ao mesmo tempo, uma virtude, um dever e uma técnica. Seria a parresia uma modalidade possível de dizer-a-verdade aceita na contemporaneidade? Diante do atual contexto social e político acredita-se que tais reflexões podem auxiliar na reflexão histórica do presente, ao mobilizar prazeres e desconfortos, possíveis indicadores dos “perigos” aos dias de hoje.

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