27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC6a - Comunicação como estratégia (experiências) |
27469 - RELATO DE EXPERIÊNCIA DE OFICINA SOBRE A LINGUAGEM PAJUBÁ EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: EDUCAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM SAÚDE PARA FOMENTO A SAÚDE DA POPULAÇÃO LGBT. DANIELLE DA CRUZ FERREIRA - ISC-UFBA, CILENE SANTOS MENDES - ISC-UFBA, EVERTON SALES DA SILVA - ISC-UFBA, JOANA DE MATTOS BASTOS - ISC-UFBA, SILVIA RODRIGUES FERNANDES - ISC-UFBA, MARIA LIGIA RANGEL SANTOS - ISC - UFBA, MARCELE CARNEIRO PAIM - ISC - UFBA
Período de Realização A experiência foi vivenciada durante o semestre letivo 2017.2 da Universidade Federal da Bahia.
Objeto da Experiência Relato sobre o processo de realização de uma Oficina referente à linguagem LGBT e acessibilidade desta população em uma Unidade de Saúde da Família.
Objetivos Contribuir para minimizar as dificuldades na comunicação entre os profissionais de saúde e a população LGBT na atenção à saúde, através do diálogo sobre a diversidade linguística.
Metodologia A metodologia foi organizada em seis etapas pelos estudantes: 1) Pesquisa, coleta e revisão bibliográfica; 2) Discussões em sala de aula; 3) Elaboração do projeto de intervenção; 4) Visita e diálogo com a gerência da unidade; 5) Realização da Oficina: Foram utilizadas perguntas norteadoras sobre a atenção à saúde a população LGBT, e depois foram apresentados vocabulários sobre a linguagem Pajubá relacionados à saúde. Ao final do debate, foram entregues folders com um glossário referente ao tema.
Resultados A oficina apontou desconhecimento sobre a linguagem pajubá; reforço de estigmas e preconceitos sobre as infecções sexualmente transmissíveis; não conhecimento da Política Nacional Integral de Saúde de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros; despreparo profissional na oferta a assistência à saúde da população LGBT; necessário combate a discriminação institucionalizada nos serviços de saúde como elemento para melhoria da assistência à populações vulnerabilizadas.
Análise Crítica Pode-se considerar uma experiência rica e significativa vivenciada na Graduação em Saúde Coletiva. A participação no processo de planejamento da construção da oficina possibilitou vivenciar os limites e os desafios da comunicação na atenção à saúde. O contato com os profissionais da unidade foi uma experiência ímpar para os estudantes, despertando o interesse nas interações comunicativas entre os profissionais e usuários.
Conclusões e/ou Recomendações A experiência vivida, portanto, nos deu um olhar de como os profissionais de saúde veem o grupo LGBT. Foi percebido que os termos utilizados, que possuem relação com a saúde são desconhecidos e, ao falarmos sobre estes, eles compreenderam a necessidade de se apropriarem das linguagens utilizadas pelos usuários. Concluímos o quanto é importante levar isso ao serviço, seja com oficinas, educação permanente, ou diálogo entre usuários/ profissionais.
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