27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31d - Vigilâncias em serviços de saúde e segurança do paciente |
24835 - RETIRADA NÃO PROGRAMADA DE CATETERES GÁSTRICOS E ENTERAIS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA BRUNA RAFAELA DE OLIVEIRA - UNIRIO, LUCIANE DE SOUZA VELASQUE - UNIRIO
Apresentação/Introdução A retirada não programada do cateter gástrico/enteral ocorre em consequência da remoção pelo próprio paciente, fixação ineficaz, manipulação do paciente pela equipe multidisciplinar e por obstrução. O manejo inadequado de dispositivos tubulares reflete a qualidade da assistência de enfermagem e a retirada não programada do cateter expõe o paciente a eventos adversos evitáveis.
Objetivos Avaliar a ocorrência de incidentes relacionados à retirada não programada do cateter gástrico/enteral em pacientes internados na Unidade de Terapia Intensiva de um hospital universitário no município do Rio de Janeiro.
Metodologia Trata-se de um estudo de acompanhamento com coleta retrospectiva dos dados de pacientes que estiveram internados em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário, localizado no município do Rio de Janeiro. A população do estudo foi composta por 87 pacientes maiores de 18 anos admitidos na unidade no período de 01 de janeiro a agosto de 2015, que em qualquer momento da internação na unidade fizeram uso de cateter gástrico ou enteral, seja nasal ou oral, para alimentação ou sifonagem. Nas análises bivariadas, as variáveis independentes foram submetidas em função da variável dependente “Houve retirada”. O nível de significância de 5% foi considerado em todas as análises.
Resultados Dentre os 87 pacientes que fizeram uso de cateter gástrico/enteral, ocorreram 79 retiradas não programadas, em 35 pacientes. A incidência de perda do cateter nesta unidade de terapia intensiva foi de 36,25%. O paciente no qual ocorreu o incidente de retirada não programada apresentou tempo de internação na unidade maior quando comparado aqueles que não sofreram (p-valor <0.001). O estudo evidenciou que 46.8% das retiradas foram pelo próprio paciente, 25.3% saíram espontaneamente por exteriorização, 3,8% foram retiradas pois os pacientes morderam o cateter a ponto de rompê-los, houve 1 retirada durante a manipulação da equipe que realizava radiografia,1,3% devido a obstrução.
Conclusões/Considerações Conclui-se que apesar da incidência de perda de cateter gástrico/enteral nesta unidade corroborar com estudos já publicados, os resultados apontam que é significativa a principal causa da retirada do cateter seja o próprio paciente e que a grande maioria dos pacientes encontrava-se inquieto (27,8%) ou muito agitado (10,1%) antes do incidente. Outro aspecto relevante deste estudo foi a elevada a necessidade de reinserção do cateter (89,9%).
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