27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31d - Vigilâncias em serviços de saúde e segurança do paciente |
23343 - INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE E ASSOCIAÇÃO DE DISPOSITIVOS INVASIVOS EM RECEPTORES DE FÍGADO DAYSE LÔRRANE GONÇALVES ALVES - UECE, NATÁLIA DE LIMA VESCO - UECE, LUCIANA VLÁDIA CARVALHEDO FRAGOSO - UFC, MARIA ÍSIS FREIRE DE AGUIAR - UFC, FRANCISCA DE MELO BEZERRA - UFC, NAIANA PACÍFICO ALVES - UFC, PAULA FRASSINETTI CASTELO BRANCO CAMURÇA FERNANDES - UFC, MARCELA HELENA DE FREITAS CLEMENTINO - UECE, LIANA DE OLIVEIRA BARROS - UECE
Apresentação/Introdução O transplante hepático representa uma melhoria da qualidade de vida e sobrevida de hepatopatas (EIRAS et al., 2016). Parte da morbimortalidade é decorrente de complicações pós-operatórias, principalmente quando associadas à ocorrência de infecções relacionadas à assistência à saúde, que podem estar relacionadas ao uso de dispositivos e procedimentos invasivos, entre outros (BARROS et al., 2012).
Objetivos Identificar a incidência das Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) e a relação com os dispositivos invasivos durante o primeiro mês do pós-operatório de Transplante Hepático (TH).
Metodologia Estudo quantitativo, retrospectivo, em um hospital do município de Fortaleza-CE. População composta por pacientes submetidos ao TH no primeiro semestre de 2015 e maiores de 18 anos. Foram excluídos 12 pacientes pela ausência de registros nos prontuários, resultando em 41 receptores de fígado para a amostra. Coleta de dados realizada de outubro a dezembro de 2016, com aplicação de instrumento validado e adaptado. Os dados foram obtidos nos prontuários, fichas ambulatoriais e fichas de notificação de IRAS. Para análise estatística utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences 22. Projeto aprovado por Comitê de Ética e Pesquisa, conforme CAAE nº 57929316.1.0000.5045.
Resultados Houve predominância do sexo masculino (24;58,5%), com idade média de 49,9 anos, provenientes da região nordeste (24;58,5%).Treze pacientes (31,7%) apresentaram IRAS. Destes, um apresentou dois tipos, totalizando 14 diagnósticos. O mais prevalente foi a sepse clínica (5;35,7%), seguida pela infecção do trato urinário (3;21,4%), sítio cirúrgico (3;21,4%), trato respiratório (2;14,3%) e corrente sanguínea (1;7,2%).A média dos dias de uso dos dispositivos invasivos nos pacientes com IRAS foi maior em relação aos outros pacientes, porém, os que apresentaram significância estatística foram a sonda vesical de demora (p=0,002), dreno de sucção (p=0,01) e pressão arterial invasiva (p=0,03).
Conclusões/Considerações A pesquisa poderá subsidiar o direcionamento de estratégias para ações de vigilância, promoção e prevenção da saúde, com a finalidade de diminuir a morbimortalidade associada às infecções e otimizando a recuperação desses pacientes no pós-transplante. É de grande relevância que a assistência hospitalar esteja ativamente comprometida com o fortalecimento de ações promotoras de saúde.
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