29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31j - Vigilâncias do campo da saúde e atenção primária |
28552 - SÍNDROME DE BURNOUT E ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE RITA DE CÁSSIA PERALTA CARVALHO - SESAB/DIVAST/CESAT, MÔNICA ANGELIM GOMES DE LIMA - UFBA/PPGSAT, ROBSON DA FONSECA NEVES - UFPB
Apresentação/Introdução As novas formas de gerenciamento dos serviços públicos de saúde produziram o aumento da carga de trabalho; redução da autonomia; ausência de reconhecimento e; redução do apoio social. Tais fatores associados às precárias condições de trabalho e a proximidade da comunidade podem gerar situações favoráveis ao desencadeamento da Síndrome de Burnout entre os profissionais da APS.
Objetivos Conhecer a produção científica sobre a Síndrome de Burnout entre profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde no Brasil.
Metodologia revisão bibliográfica utilizando artigos científicos disponíveis no Portal da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no Scientific Eletronic Library Online (Scielo). Foram utilizados como descritores os termos “Síndrome de Burnout”, “Esgotamento profissional”, “Atenção Primária à Saúde” e “Atenção Básica à Saúde”. Os critérios de inclusão foram: artigos disponíveis online; em português, inglês ou espanhol; publicados entre 2000 a 2017 tendo como foco a APS no Brasil. Foram excluídos os trabalhos incompatíveis ao objetivo do estudo e não disponíveis na íntegra no formato eletrônico. Os dados coletados abrangeram: ano, periódico, título do estudo, método de pesquisa e resultados.
Resultados Foram encontrados 9 artigos que atendiam aos critérios de inclusão do estudo. 8 estudos adotaram a abordagem metodológica quantitativa. A maior parte dos estudos indicou maior prevalência da síndrome ou de elevado risco de desenvolvimento da mesma na categoria profissional de enfermagem. Apenas 1 estudo investigou especificamente os agentes comunitários de saúde e adotou a abordagem qualitativa. Os estudos evidenciaram que as características do trabalho desenvolvido na APS como precárias condições de trabalho, baixa remuneração, baixo controle sobre o trabalho e o convívio com a realidade das comunidades podem ser fatores preditores de desenvolvimento da síndrome.
Conclusões/Considerações Os achados indicam que o trabalho na APS é complexo tendo em vista que esses profissionais estão na porta de entrada da Rede de Atenção à Saúde (RAS) atuando como responsáveis por sua organização e comunicação, bem como pelo cuidado integral e continuado da população adstrita. Destacam a necessidade de novos estudos e de adoção de medidas de prevenção sobre os possíveis preditores da síndrome para a promoção da saúde dos trabalhadores.
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