28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31g - Vigilância epidemiologica de surtos e agravos |
28885 - A RELAÇÃO DA COBERTURA VACINAL NA INCIDÊNCIA DE HEPATITE B NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO ENTRE 2007 E 2015 RAYARA MOZER DIAS - EEAAC/UFF, BRUNA DE SOUZA RESENDE - EEAAC/UFF, JONATHAN HENRIQUE ANJOS DE ALMEIDA - EEAAC/UFF, FELIPE GUIMARÃES TAVARES - EEAAC/UFF
Apresentação/Introdução As hepatites virais constituem importante problema de saúde pública no mundo. Estima-se que dois bilhões de indivíduos tiveram contato com o Vírus da Hepatite B (VHB), e desses, 240 milhões têm hepatite B crônica. A principal medida de prevenção específica é a vacinação e, portanto, conhecer a cobertura vacinal torna-se importante para a avaliação e melhoria das estratégias de prevenção atuais.
Objetivos Descrever a cobertura da vacina contra a Hepatite B e sua associação com a incidência da doença na população do município do Rio de Janeiro no período de 2007 a 2015.
Metodologia Trata-se de um estudo descritivo, ecológico, realizado a partir de dados do Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SIS-PNI) e Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) disponíveis no DATASUS, além de informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o município do Rio de Janeiro, no período de 2007 a 2015. O estudo foi realizado nos meses de agosto e setembro de 2017, no qual foram selecionados os indicadores de saúde: cobertura vacinal e taxa de incidência de hepatite B sobre a população do município definido. Os dados foram tabulados no Software Microsoft Excel 2013.
Resultados Foram notificados 2.453 casos de hepatite B no município do Rio de Janeiro, sendo 67,3% dos casos em homens. A menor incidência se deu no ano de 2015, correspondendo a 1,87/100 mil hab e 0,91/100 mil hab para homens e mulheres, respectivamente. A maior incidência ocorreu em 2011, correspondendo a 11,09/100 hab no sexo masculino e 4,18/100 mil hab no sexo feminino. Em ambos os sexos, ocorreram variações de 2007 a 2011, com redução progressiva nas taxas de incidência da doença a partir de 2012. A cobertura vacinal variou de 86,91% a 102,02% entre 2009 a 2015, respectivamente. Observa-se que ano de maior cobertura vacinal, corresponde ao ano de menor incidência da doença.
Conclusões/Considerações Os resultados demonstram uma associação inversa entre cobertura vacinal e incidência de hepatite B, que pode estar relacionada as ações do Programa Nacional de Imunização voltadas a prevenção da doença. Grande parte dessas ações é desenvolvida no âmbito da Atenção Básica em Saúde e corroboram com a melhoria dos indicadores de saúde na população.
|