27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31c - Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis |
27717 - INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA E MEDIDAS DE CONTROLE DE SURTO DE MALÁRIA NO INTERIOR DA BAHIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA. RITA DE CÁSSIA OLIVEIRA DE CARVALHO SAUER - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE LESTE, ALEX SOUZA DE MIRANDA - NÚCLEO REGIONAL DE SAÚDE SUL
Período de Realização Janeiro e Fevereiro de 2018.
Objeto da Experiência Investigação epidemiológica e medidas de controle para contenção de surto de malária em dois municípios do interior da Bahia.
Objetivos Descrever a experiência da participação das equipes de vigilância epidemiológica dos Núcleos Regionais de Saúde Sul e Leste na detecção de casos autóctones de malária, investigação epidemiológica do surto e adoção de medidas de controle em municípios não-endêmicos para esta doença.
Metodologia Houve participação das equipes regionais na investigação de campo e nas ações de controle: capacitação de profissionais de saúde, articulação com a assistência para oferta oportuna de diagnóstico e tratamento, monitoramento de cura, busca ativa de sintomáticos e assintomáticos, distribuição de repelentes, pesquisa entomológica, borrifação intradomiciliar com inseticida de ação residual, ações de educação em saúde para a comunidade, produção de notas informativas.
Resultados Verificou-se que o agente foi Plasmodium vivax, o caso índice procedeu do Pará com forma latente há 15 semanas. Até a SE 09, 301 sintomáticos e assintomáticos foram examinados; 50 foram positivos e distribuíram-se temporalmente nas SE 2=2%, SE 3=46%, SE 6=32%, SE 7=16%, SE 8=4%. Cerca de 80% eram do sexo masculino, as medianas de idade=29,4 (02-67) anos e do tempo entre início dos sintomas e diagnóstico=4 (0-15) dias. A letalidade foi 4%. A pesquisa entomológica identificou Anopheles albitarsis.
Análise Crítica A Bahia é receptiva para malária pela presença do vetor, mas não endêmica. O tempo transcorrido para levantamento da hipótese diagnóstica nos primeiros sintomáticos foi elevado (10 a 15 dias), entretanto, após detecção do surto, houve boa integração entre a vigilância e atenção em saúde, possibilitando a implementação rápida das ações de controle. Nota-se decréscimo da incidência nas últimas semanas, sugerindo êxito das ações, mas o surto ainda se encontra em vias de controle.
Conclusões e/ou Recomendações Esta experiência evidenciou a necessidade de aumentar a sensibilidade da vigilância e da atenção em saúde para a detecção mais oportuna de malária, e evitar novos surtos. Por outro lado, também revelou boa integração intersetorial e entre as instâncias estadual e municipal, com objetivo comum de debelar uma situação de crise. Recomenda-se elaboração de um plano regional de preparação e capacidade de resposta para agilizar ações futuras.
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