27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31c - Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis |
27688 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA HANSENÍASE EM MENORES DE 15 ANOS DE IDADE, EM JOÃO PESSOA (PB) MICHELINE DA SILVEIRA MENDES - FIOCRUZ-PE, SÉFORA LUANA EVANGELISTA DE ANDRADE - UFPB, ANA CAROLINA GOMES DE MOURA - SMS-JP, EVELINE MARIA LEITE VILAR - SMS-JP
Apresentação/Introdução Hanseníase é uma doença endêmica, contagiosa, que permanece como problema de saúde pública, cuja ocorrência em menores de 15 anos de idade aponta sua magnitude, tendência e força de transmissão. Sua distribuição se dá de forma heterogênea e a análise espacial permite conhecer locais de maior ocorrência, identificando fatores que influenciam a transmissão
Objetivos Analisar os padrões de distribuição da ocorrência de casos da hanseníase em menores de 15 anos de idade, residentes em João Pessoa- PB, no período de 2006 a 2015.
Metodologia Trata-se de um estudo ecológico com desenho transversal, envolvendo dados secundários do SINAN, cuja população estudada correspondeu aos casos novos diagnosticados com hanseníase em menores de 15 anos, no período de 2006 a 2015, residentes no município de João Pessoa, sendo excluídos os casos cujos endereços estavam incompletos, impossibilitando o georreferenciamento.
As variáveis foram obtidas através da base do SINAN municipal, sem identificação nominal. Os dados foram trabalhados com auxílio dos softwares Excel e ArcGIS 10.4.1. O estudo atendeu aos aspectos éticos e legais de acordo com a resolução 466/12 do CNS, sendo aprovado pelo CEP da FASER, segundo parecer 1.786.400/2016.
Resultados A distribuição dos casos não se mostra constante, com ápice no ano de 2008,e seu menor volume em 2013, apresentando tendência decrescente ao longo da série. Quanto a distribuição por sexo, mostra não haver preferência da doença, acometendo ambos da mesma maneira.
Quanto as variáveis epidemiológicas, 72,10% foram classificados como paucibacilares, sendo mais frequente a forma Tuberculóide(47,67%).
Encontramos uma discreta concentração de casos no DS I, tendo o DS V o menor número . Entretanto, a distribuição por bairros, observa que 62,8% dos casos residem em apenas 08 dos 66 bairros do município. Os casos estão distribuídos no território com maior concentração nas zonas norte e oeste.
Conclusões/Considerações O reconhecimento territorial dos casos de hanseníase, permitiu um melhor conhecimento da distribuição territorial de casos de hanseníase em menores de 15 anos de idade, demonstrando a necessidade de considerar a análise da distribuição geográfica na produção de saúde, bem como de novos estudos com vistas a aprofundar os fatores que foram determinantes na heterogeneidade na distribuição espacial de casos.
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