27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31c - Vigilância epidemiológica das doenças transmissíveis |
23705 - ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE DO MUNICÍPIO DE MENDES PIMENTEL, MINAS GERAIS, BRASIL, ENTRE 2001 E 2015. GUILHERME DE ANDRADE RUELA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA, JEREMIAS CAMPOS SIMÕES - CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE VITÓRIA UCV
Apresentação/Introdução A Hanseníase é uma doença infectocontagiosa, potencialmente incapacitante e continua ocupando estágio de doença tropical negligenciada e estigmatizante. O Brasil ainda concentra muitos casos novos da doença, mostrando que a transmissão persiste. Alguns territórios em Minas Gerais são prioritários e demandam intensificação das ações para eliminação da doença como problema de saúde pública.
Objetivos Analisar o perfil epidemiológico dos casos novos notificados de Hanseníase do município de Mendes Pimentel - MG, Brasil, no período de 2001 a 2015.
Metodologia Estudo epidemiológico ecológico, descritivo, retrospectivo, quantitativo, através da avaliação de dados secundários coletados no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população de estudo foi composta de todos os casos novos de Hanseníase no município nos anos da pesquisa. Foram utilizados os softwares Microsoft Office Excel 2016 e IBM SPSS Statistics versão 24. O nível de significância adotado foi de 5% (p≤0,05). Foram elaboradas tabelas de frequência e realizada a estatística descritiva através do teste de Qui-quadrado. O estudo utilizou dados de domínio público de acesso irrestrito, com dispensa de aprovação por parte do Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados Foram encontrados 95 casos novos de Hanseníase em nos anos de 2001 a 2015, sendo a maioria do sexo feminino (53,7%), as faixas etárias mais frequentes foram de 20 a 34 anos e 50 a 64 anos (23,2% cada) e foram encontrados 12 casos em menores de 15 anos. O coeficiente de detecção de casos novos apresentou uma média de 101,2 casos novos por 100.000 habitantes por ano. A maioria dos casos novos recebeu a classificação operacional no diagnóstico de multibacilar (56,8%). O modo de detecção principal foi a demanda espontânea (74,7%). Foi encontrada associação significativa (p<0,05) da classe operacional no diagnóstico em relação à faixa etária, grau de incapacidade no diagnóstico e lesões cutâneas.
Conclusões/Considerações A endemia hansênica observada demonstrou-se permanente ao longo dos anos, com detecção anual de casos novos maior que 2/100 mil habitantes em todo o período analisado, sendo o município considerado hiperendêmico na maioria dos anos. São necessárias estratégias e ações de controle mais efetivas visando a eliminação desse problema de saúde pública no território, observando todas as especificidades da doença e seu comportamento no município.
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