Comunicações Orais Curtas

29/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC31i - Tecnologias em saúde: estudos e análises

22700 - COBERTURA DE VACINAÇÃO CONTRA O PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) EM MENINAS NAS CAPITAIS BRASILEIRAS
LIVIA DE LIMA MOURA - ENSP/ FIOCRUZ, PAULA MENDES LUZ - INI/FIOCRUZ, CLÁUDIA TORRES CODEÇO - PROCC/FIOCRUZ

Apresentação/Introdução
A vacinação contra HPV foi implementada no Sistema Único de Saúde sendo, entre meninas, a faixa etária alvo ampliada de forma gradativa: 11 a 13 anos em 2014, 9 a 13 anos em 2015, e 9 a 14 anos em 2017.


Objetivos
Objetivos: Descrever a cobertura da vacina contra HPV por coortes de meninas de 14 a 16 anos nas Capitais brasileiras, no ano de 2017.


Metodologia
As unidades de análise foram as 27 Capitais brasileiras, sendo os dados obtidos do Sistema de Avaliação do Programa de Imunizações (doses aplicadas nos anos de 2014 a 2017) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (número de meninas residentes em cada localidade). Para o cálculo da cobertura vacinal, foram estabelecidas três coortes sendo incluídas meninas que realizaram 1º dose da vacina: (1) Meninas com 14 anos em 2017 que potencialmente se vacinaram aos 11 anos, 12 anos ou 13 anos, (2) Meninas com 15 anos em 2017 que potencialmente se vacinaram aos 12 anos, 13 anos ou 14 anos, (3) Meninas com 16 anos em 2017 que potencialmente se vacinaram aos 13 anos ou 14 anos.


Resultados
De um modo geral, utilizando a projeção da população de 2012, coberturas vacinais >80% são observadas na maioria das capitais sendo a cobertura vacinal maior na coorte de meninas com 14 anos versus 16 anos em 2017. A cobertura vacinal estimada para a coorte de meninas com 16 anos em 2017 foi <80% em 23% das capitais sendo mais baixa em Manaus (7%) e Brasília (9%). Entre meninas com 15 anos em 2017, a cobertura vacinal foi <80% em 15% das capitais, sendo menor em Manaus (14%) e Brasília (13%). Entre meninas com 14 anos em 2017, a cobertura vacinal foi maior que nas coortes anteriores, mas ainda aquém em Brasília (44%).


Conclusões/Considerações
As baixas coberturas apresentadas de modo consistente por duas capitais (Manaus e Brasília) merecem atenção. As coberturas vacinais >100% observadas sugerem inconsistências, possivelmente relacionadas aos registros de doses aplicadas ressaltando a necessidade da melhoria da qualidade dos registros para planejar estratégias direcionadas.

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