28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31f - Vigilâncias em saúde: Educação, informação e comunicação |
22343 - REFLEXÕES SOBRE AS ESTRATÉGIAS ADOTADAS NO CONTROLE DO AEDES AEGYPTI DENISE CATARINA ANDRIOLI - UNOCHAPECÓ, MARIA ASSUNTA BUSATO - UNOCHAPECÓ
Apresentação/Introdução O Brasil apresenta um complexo cenário epidemiológico caracterizado por três epidemias virais paralelas, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e com consequências ainda imprevisíveis. Trata-se da elevada taxa de incidência e mortalidade da dengue, a continuidade da epidemia de chikungunya e a incerteza dos impactos finais do Zica vírus.
Objetivos Tenciona-se realizar uma reflexão teórica sobre as estratégias adotadas no controle do mosquito Aedes aegypti no Brasil e os desafios atuais para um controle responsável e sustentável, sem danos ao meio ambiente e à saúde humana.
Metodologia Trata-se de ensaio teórico, fundado em pesquisa bibliográfica, sobre o histórico, as discussões e os desafios que envolvem as ações de controle vetorial, em especial o Aedes aegypti. Para compô-lo utilizou-se descrição e interpretação de conceitos do Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde, Fiocruz e pesquisadores da área.
Busca-se contribuir para uma reflexão voltada para a necessidade de adoção de estratégias eficazes no controle do vetor, que não agridam o meio ambiente e que não coloquem em risco a saúde humana. Além disso refletir sobre a importância de maiores investimentos em saúde, saneamento básico e educação, que impulsionem atitudes de prevenção e controle do vetor.
Resultados As estratégias de controle de vetores, em especial ao mosquito A. aegypti, tem se constituído um importante desafio à saúde pública. A partir do século XX, o combate ao vetor foi sistematizado e intensificado no Brasil. Durante esse século as ações tinham como objetivo a erradicação do vetor e utilizavam-se especialmente das estratégias de controle mecânico, através da eliminação dos criadouros e controle químico, baseada na utilização de inseticidas. Até os dias atuais as estratégias de erradicação do Aedes mostraram-se incapazes de responder à complexidade epidemiológica do vetor e das arboviroses, além dos impactos ao ambiente e à saúde humana causados pela utilização dos inseticidas.
Conclusões/Considerações O controle do Aedes é complexo, especialmente considerando sua capacidade de adaptação e os vários fatores para sua manutenção e dispersão. As políticas de controle vetorial devem contemplar ações que vão além do controle químico, devem permitir o controle integrado e ser intersetorial, com ações contínuas e voltadas às práticas sustentáveis e naturais. Para isso faz-se necessário a ampliação do processo educativo e empoderamento da sociedade.
|