28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31f - Vigilâncias em saúde: Educação, informação e comunicação |
21438 - FATORES DE RISCO PARA AS INFECÇÕES POR ARBOVÍRUS EM UMA COMUNIDADE CARENTE DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL, 2015-2016 NÁDIA CRISTINA - FIOCRUZ, REGINA PAIVA DAUMAS - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ANDREA SOBRAL DE ALMEIDA - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, REINALDO SOUZA DOS SANTOS - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, ISABELLA KOSTER - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, PEDRO PINHEIRO RODRIGUES - UFF, MARCELLY DE FREITAS GOMES - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, AURIANE DE FÁTIMA MACEDO - UFF, ALYSSA GERARDI - GEORGETOWN UNIVERSITY, IÚRI DA COSTA LEITE - FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ
Apresentação/Introdução As epidemias de dengue ocorreram na cidade do Rio de Janeiro (Brasil) desde 1986. No ano de 2015, os vírus Zika e chikungunya foram introduzidos na cidade, causando epidemias sequenciais e simultâneas. Baixas condições socioeconômicas têm sido apontadas como fatores contribuintes da infecção por arbovírus.
Objetivos Descrever a distribuição espacial de casos humanos de infecção sintomática por arbovírus e identificar fatores de risco para esta infecção em uma comunidade carente do Rio de Janeiro (Manguinhos) nos anos 2015 e 2016.
Metodologia Construímos mapas temáticos de incidência de arboviroses usando micro-áreas como unidade de análise. Testes estatísticos e modelo de regressão multinível foram utilizados para avaliar a associação entre a incidência de arboviroses e os fatores sócio demográficos.
Resultados De 2015 a 2016, 370 casos humanos de infecção por arbovírus foram relatados na comunidade de Manguinhos: 123 em 2015 e 247 em 2016. Houve uma diferença significativa no risco de arboviroses entre as diferentes micro-áreas. Esta diferença não foi explicada pela oferta de serviços básicos (por exemplo, sistema de água canalizada, sistema de esgoto, coleta de lixo). A taxa de incidência cumulativa foi de 855 / 100.000 em dois anos. A incidência foi maior nos indivíduos que apresentaram vulnerabilidade familiar (1.156 / 100.000 versus 794 / 100.000). O modelo ajustado multinível mostrou que a probabilidade de adquirir uma infecção por arbovírus é 55% maior naqueles com vulnerabilidade familiar.
Conclusões/Considerações Mesmo dentro de um mesmo bairro, há uma grande variabilidade espacial no risco de adquirir uma infecção por arbovírus. As condições que favorecem a proliferação de vetores e a infecção por arbovírus são complexas e envolvem características individuais e ambientais que variam de um lugar para outro. Para reduzir o ônus das arboviroses, as políticas de saúde pública não podem ser descontínuas e serviços básicos precisam ser fornecidos às comunidades sob risco.
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