27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31b - Vigilância epidemiológica: Informação para ação |
28932 - RELACIONAMENTO DAS BASES DE DADOS DE NASCIDOS VIVOS E ÓBITOS INFANTIS PARA ESTUDO DAS MALFORMAÇÕES CONGÊNITAS ALINE LUZIA SAMPAIO GUIMARÃES - SECRETARIA DE SAÚDE DO RECIFE, CONCEIÇÃO MARIA DE OLIVEIRA - CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU, CRISTINE VIEIRA DO BONFIM - FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO
Apresentação/Introdução A mortalidade infantil está intimamente relacionada com fatores biológicos, socioeconômicos, culturais, disponibilidade e a qualidade da atenção à saúde infantil. Uma das principais causas que influenciam a mortalidade infantil e fetal são as malformações congênitas. Cerca de 2 a 5% dos nascidos vivos, no mundo, apresentam alguma malformação ao nascer.
Objetivos Descrever a ocorrência das malformações congênitas em uma coorte de nascidos vivos através do relacionamento das bases de dados de nascimentos e óbitos infantis.
Metodologia Estudo epidemiológico descritivo, cuja fonte de dados foi constituída pelos bancos do Sinasc e do SIM. A população foi composta por uma coorte de nascidos vivos de mães residentes no Recife, cujo nascimento ocorreu no período de 01/01/2013 a 31/12/2014, e dos óbitos infantis provenientes desta coorte, entre 01/01/2013 a 31/12/2015. Aplicou-se a técnica de linkage para vincular as declarações de nascido vivo e óbito (DNV e DO) que apresentaram registro de malformação congênita, calculou-se a prevalência para o período estudado. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisas da Fundação Joaquim Nabuco (Número do Parecer: 2.217.958).
Resultados Do total da coorte de nascidos vivos dos anos de 2013 e 2014 (n = 46.705), 485 (1,04%) apresentaram registro de malformação congênita na DNV. A taxa de prevalência de malformações nos nascidos vivos foi de 10,38 por 1.000 NV. Do total de 545 óbitos da coorte, 180 (97,83%) apresentaram registro de malformação no SIM, destes, 97 (52,72%) constavam apenas na DO e 83 (45,11%) estavam na DNV e DO. Após a correção dos dados pelo SIM, a prevalência foi de 12,46/1.000 NV. Constatou-se que o Sinasc foi responsável por 47,28% das notificações das malformações o SIM notificou 52,72%. Após a vinculação, ocorreu uma recuperação de 75,38% de portadores de malformações congênitas do aparelho circulatório.
Conclusões/Considerações A vinculação das bases de dados do SIM e do Sinasc permitiu um monitoramento mais adequado das malformações congênitas, favorecendo a obtenção de uma estimativa mais fidedigna da prevalência dessas malformações nos nascidos vivos. Além de possibilitar o planejamento de ações estratégicas para uma assistência de maior qualidade aos portadores dessas malformações.
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