29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31h - Estudos de óbitos e mortalidade |
22814 - MORBIMORTALIDADE DE ACIDENTES DE TRÂNSITO EM GOIÁS 2010 -2016 MANOELA SOUZA COSTA VIEIRA - SES/GO, MARIA DE FÁTIMA RODRIGUES - SES/GO
Apresentação/Introdução Os acidentes de transporte terrestre (ATT) são uma das principais causas de mortes e feridos no Brasil. Constituem grave problema para o Estado de Goiás com influências sociais nefastas no setor saúde, economia, ambiente e previdência social. A OMS reconhece a necessidade de ações dirigidas à vigilância, prevenção e controle, no sentido de determinantes aliadas ao conceito de Promoção da Saúde.
Objetivos Descrever o perfil epidemiológico dos Acidentes de Transporte Terrestre (ATT) de acordo com a Classificação Internacional de Doenças – CID 10, do Brasil, região Centro - Oeste e Goiás.
Metodologia Estudo descritivo, quantitativo, a partir de registros de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade para calcular a mortalidade por acidentes de trânsito e a descrição dos óbitos segundo as características sócio-demográficas em Goiás. Através do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), foi possível estimar os custos das internações. O período de referência foi compreendido entre 1º de janeiro de 2010 a 31 de dezembro de 2017. Os dados referentes ao ano de 2016 são preliminares. A
população foi obtida com dados do IBGE. Os óbitos por acidente de transporte terrestre (ATT) foram estudados com dados provenientes de Declarações de Óbito emitidas em 2010 a 2015.
Resultados Houve uma tendência decrescente na taxa de mortalidade por acidentes de trânsito no Brasil de 2010 para 2015. A Região- Centro é a primeira no ranking nacional com (10,3%). O Estado de Goiás aparece em sexto lugar no ranking nacional por estado com (4,6%). Em Goiás, a maior proporção foi para o sexo masculino (80,3%). A faixa etária mais acometida é de jovens de 20 a 29 anos. Entre 2010 e 2016, no Brasil foi registrado um total de 1.161.001 internações hospitalares por ATT, com um gasto de R$1.569.401.752,96 pelo SUS. Na Região Centro-oeste e em Goiás foram, respectivamente: R$130.131.712,58 e R$ 69.586.899,48. Em Goiás, a grande maioria dos gastos hospitalares foi com motociclistas.
Conclusões/Considerações A mortalidade por acidentes de transportes terrestres apresenta uma ligeira tendência decrescente no Brasil, contudo continua muito acima do valor preconizado pela OMS. Os ATT ainda estão entre as principais causas de internações a custos elevadíssimos e com altas taxas de mortalidade. Goiás precisa intensificar as medidas de prevenção para deter o crescimento do número de mortes em acidentes por veículos nos municípios e estradas do estado.
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