28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC31e - Vigilância Ambiental |
22912 - CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS EPIZOOTIAS NOTIFICADAS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO - JANEIRO A JUNHO DE 2017 GILTON LUIZ ALMADA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), MARCOS ANTÔNIO CORREIA RODRIGUES DA CUNHA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), AUGUSTO MARCHON ZAGO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), ADILSON A. ROSA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), LUCIANO L. SALLES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), JEAN E. MATACHON - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), FABIO S. COELHO - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), FELLIPE S. ALMADA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES), ANTONIO FRANCISCO ALVES DA SILVA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO ESPÍRITO SANTO (SESA-ES)
Apresentação/Introdução A epizootia de primatas não humanos (PNH) é a ocorrência de adoecimento e/ou morte de macacos, indicando que o vírus da febre amarela (FA) está presente no local. O monitoramento destas epizootias e avaliação laboratorial permitem outras ações de vigilância epidemiológica e imunização, evitando a ocorrência de casos humanos da doença. Permite também avaliar o impacto da doença na população de PNH.
Objetivos Descrever e analisar o perfil epidemiológico da ocorrência de epizootias da febre amarela em primatas não humanos no Espírito Santo, bem como a ocorrência de casos humanos da doença, no período de janeiro a junho de 2017.
Metodologia Consiste num estudo do tipo descritivo das epizootias em primatas notificadas a Secretaria de Estado da Saúde durante reemergência da febre amarela (FA) no Espírito Santo. Apesar do período de monitoramento da doença ser de julho de um ano a junho do ano seguinte, como o Espírito Santo era indene para FA, o período de estudo foi de janeiro a junho de 2017. Utilizou-se para captação dos dados a Ficha de Notificação de Epizootia elaborado no FormSus, um serviço do DATASUS para a criação de formulários na WEB; e os registros do sistema Gerenciador de Ambiente Laboratorial – GAL, para coleta de resultados laboratoriais. Esses dados foram consolidados em planilha eletrônica (Excel 2007).
Resultados Foram notificadas 920 epizootias em primatas suspeitos de febre amarela, em 59 (75,6%) municípios e envolvendo 1370 animais, com uma média de 1,5 animal por epizootia, variando de 1 a 15 animais. Entre as epizootias notificadas, foram enviadas 405 amostras para o Lacen. Destas, 195 (48,1%) foram confirmadas para FA, de 32 (54,2%) municípios notificados em três das quatro Regionais de saúde: Metropolitana (21), Sul (8) e Central (3). Dos 1370 animais notificados, em 37,4% (512) foi possível identificar os animais segundo o gênero: 57,0% (292) Alouatta, 40,6% (208) Callithrix e 2,4% (12) Cebus. No mesmo período, foram confirmados 309 casos humanos e letalidade foi de 29,8% (92/309).
Conclusões/Considerações A reemergência da doença afetou a maioria dos municípios, principalmente da Metropolitana. As equipes municipais fizeram um excelente trabalho monitorando a ocorrência das epizootias. Os animais do gênero Alouatta (bugio), que estão ameaçados de extinção, foram os mais afetados. A vigilância de epizootias é essencial na detecção precoce do vírus amarílico e desencadear ações de resposta a esta emergência em saúde pública.
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