26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO31b - Vigilância epidemiológica e investigação |
22510 - VACINAÇÃO CONTRA INFLUENZA EM IDOSOS RESIDENTES NA COMUNIDADE DE SETE CIDADES BRASILEIRAS: DADOS DO ESTUDO FIBRA ALDIANE GOMES DE MACEDO BACURAU - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). CAMPINAS-SP, BRASIL, PRISCILA DE PAULA MARQUES - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). CAMPINAS-SP, BRASIL, PRISCILA MARIA STOLSES BERGAMO FRANCISCO - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). CAMPINAS-SP, BRASIL, FLÁVIA SILVA ARBEX BORIM - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). CAMPINAS-SP, BRASIL, ANITA LIBERALESSO NERI - FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). CAMPINAS-SP, BRASIL
Apresentação/Introdução A vacinação contra a influenza é uma das principais intervenções em saúde pública para evitar a doença e suas complicações, especialmente nos idosos e pessoas com condições crônicas de saúde. As campanhas de vacinação são realizadas anualmente pelo Ministério da Saúde, no entanto, informações sobre a prevalência de vacinação em indivíduos com doenças crônicas são menos frequentes na literatura.
Objetivos O objetivo do estudo foi verificar a prevalência de vacinação contra a influenza em idosos (idade ≥ 65 anos) residentes na comunidade, segundo doenças crônicas referidas.
Metodologia Foram utilizados dados do estudo transversal de base populacional sobre Fragilidade em Idosos Brasileiros (estudo FIBRA), realizado em 2008/2009, em sete cidades brasileiras (Campinas-SP, Belém-PA, Parnaíba-PI, Campina Grande-PB, Poços de Caldas-MG, Ivoti-RS e Ermelino Matarazzo -SP) com amostra probabilística da população com idade ≥ 65 anos, residente em área urbana (n=3.478). As associações entre a vacinação contra a influenza e as doenças crônicas referidas foram verificadas pelo teste Qui-quadrado, considerando-se um nível de significância de 5%. As análises foram realizadas com uso do software Stata 14.0.
Resultados A média de idade da população estudada foi de 73,0 anos (IC95%: 72,8-73,2). A prevalência de vacinação para o conjunto dos idosos foi de 79,4% (IC95%:77,8-80,9), sem diferença entre as faixas etárias (p=0,06), porém mais elevada nos homens (p=0,01). Nos idosos com doenças do coração foi de 78,8% (IC95%: 75,5-82,0), hipertensão arterial 80,5% (IC95%:78,6-82,5), acidente vascular cerebral 78,8% (IC95%:73,0-84,5), diabetes 79,4% (IC95%:76,0-82,8), câncer 81,2% (IC95%:75,3-87,1), artrite ou reumatismo 79,5% (IC95%:77,1-81,9) e doenças pulmonares 80,5% (IC95%:75,8-85,2). Não foram observadas diferenças estatísticas na prevalência de vacinação para todas as condições crônicas analisadas (p>0,05).
Conclusões/Considerações As prevalências de vacinação foram elevadas nos idosos com as doenças crônicas consideradas. A elevada prevalência decorre especialmente da recomendação global da vacina para os idosos e não, necessariamente, da indicação para grupos de comorbidades. Com a atual meta de 90%, torna-se necessária à recomendação formal da vacina pelos profissionais de saúde para os indivíduos com doenças crônicas (também nesta faixa etária) para ampliar a adesão.
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