26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO31a - Doenças Transmissiveis - estudos e investigação |
23316 - FEBRE AMARELA: PERFIL CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS NO HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, 2017-2018 TATIANA RODRIGUES DE ARAUJO LIMA - SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, CLAUDIA CAMINHA ESCOSTEGUY - SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, MARCIO RENAN VINÍCIUS ESPÍNOLA MARQUES - SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, ALESSANDRA GONÇALVES LISBÔA PEREIRA - SERVIÇO DE EPIDEMIOLOGIA, HOSPITAL FEDERAL DOS SERVIDORES DO ESTADO, RAFAEL MELLO GALLIEZ - SERVIÇO DE DOENÇAS INFECCIOSAS E PARASITÁRIAS, INSTITUTO ESTADUAL DE INFECTOLOGIA SÃO SEBASTIÃO
Apresentação/Introdução No Brasil, casos de febre amarela eram descritos, de forma endêmica, principalmente na região amazônica, com surtos esporádicos fora dessa área. Em dezembro de 2016, o vírus emergiu no extremo leste brasileiro, dando início ao maior surto da doença registrado nas últimas décadas. Em 2018, até o dia 19/02, foram registrados 74 casos de febre amarela no estado do Rio de Janeiro, com 29 óbitos.
Objetivos O objetivo deste estudo foi descrever o perfil clínico-epidemiológico dos casos confirmados de febre amarela, internados no Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE), de janeiro de 2017 a 20/02/2018.
Metodologia Tratou-se de estudo observacional, com análise de bases de dados secundárias do HFSE, e coleta de dados nas fichas de investigação epidemiológica dos 39 casos suspeitos, sendo 13 em 2017 e 26 em 2018.
Resultados Em 2017, 9 casos foram confirmados por PCR; em 2018, 14 foram confirmados por PCR, 2 descartados e 10 estão em investigação. Houve 2 óbitos em 2017 e 10 em 2018, dos quais 6 em investigação. Dos 23 casos confirmados, 91,3% eram homens; a idade variou de 16 a 75 anos (média 48 ± 16,3; mediana 52 anos); 56,5% referiram raça/cor branca e 26,1% parda; 60,9% tinham até o ensino fundamental completo; 34,8% eram trabalhadores rurais. Quanto ao município de residência, 55,6% dos casos de 2017 eram de Casimiro de Abreu; em 2018, 21,4% eram de Valença e 21,4% de Angra dos Reis. A letalidade observada entre os confirmados foi 22,1% em 2017 e 28,6% em 2018; entretanto 10 casos seguem em investigação.
Conclusões/Considerações O estudo contribuiu para o conhecimento do perfil dos casos de febre amarela notificados no HFSE. A letalidade elevada reforça a necessidade de diagnóstico e tratamento precoces, e a importância de intensificar a vacinação. O elevado número de casos ainda em investigação representa um desafio para a vigilância epidemiológica e para a assistência aos casos.
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