26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO31a - Doenças Transmissiveis - estudos e investigação |
23032 - INFECÇÃO PELO VÍRUS ZIKA: CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA (SCZ) NOTIFICADOS EM UNIDADE HOSPITALAR DE REFERÊNCIA SHEYLA MARIA TORRES GOULART CITRANGULO - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, ROSILENE SANTARONE VIEIRA - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, MARCELLE DRUMOND PIAZI - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, MIRZA ROCHA DE FIGUEIREDO - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ, MARIA AUXILIADORA DE SOUZA MENDES GOMES - INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA, FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Ao final de 2015, Brasil e mundo se viram diante de uma nova epidemia de síndrome congênita, cujo monitoramento e conhecimento se tornaram prioridade no campo da saúde pública. Os serviços de vigilância hospitalar ganharam importante papel nesse contexto como fontes valiosas de informações, que permitiram a comparação entre unidades de assistência e análise temporal da epidemia.
Objetivos Analisar os casos de Síndrome Congênita do vírus Zika (SCZ) nascidos e notificados no IFF/Fiocruz, através da descrição dos casos, variação temporal e comparação com os casos notificados no restante do estado do Rio de Janeiro.
Metodologia Trata-se de um estudo transversal exploratório das notificações dos casos suspeitos de SCZ nascidos entre janeiro de 2016 e outubro de 2017. Os casos foram agrupados com base na classificação do Ministério da Saúde e foram definidos como confirmados, prováveis, co-infecção e casos descartados. Os dados foram obtidos a partir do banco estadual do Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP) e analisados através de medidas de tendência central e de distribuição de frequência. Para comparação entre as distribuições foram realizados testes chi-quadrado, Fisher e Mann-Whitney U, considerando um nível de significância de 5%.
Resultados IFF foi responsável por 13,3% das notificações do período e 32,6% dos casos confirmados no estado. Casos em investigação somaram 40% do total. A maioria dos casos classificados foram mulheres pardas, entre 20 e 34 anos, da região metropolitana, gestação única, cujos nascimentos ocorreram a termo e com peso adequado. Histórico de Zika foi ausente em 48,3% das informações dos casos no IFF e 59,6% dos casos no estado. IFF registrou mais alterações em exames pré-natais para quase todas as alterações descritas. Em contrapartida, proporções de alterações nos neonatos foram similares nos dois grupos para 9 das 12 alterações avaliadas.
Conclusões/Considerações Dada a dificuldade de diagnóstico, houve limitações na investigação e fechamento de casos. Apesar das limitações encontradas, os casos do IFF possuíram boa completude de dados desde o período pré-natal, contendo maiores informações para a confirmação dos casos suspeitos de SCZ.
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