27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO12h - Epidemiologia da Tuberculose |
25094 - ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS DA TUBERCULOSE ENTRE A POPULAÇÃO BRASILEIRA EM SITUAÇÃO DE RUA ROSIANE DAVINA DA SILVA - UEPB, AGUINALDO JOSÉ DE ARAÚJO - UEPB, ANA CAROLINE CAVALCANTE DE MENEZES - UEPB, LIVIA MENEZES BORRALHO - UEPB, TATIANE RAMOS DOS SANTOS DE AGUIAR - UEPB, FERNANDA DARLIANE TAVARES DE LUNA - UEPB, BUENO CALLOU BERNADO DE OLIVEIRA - UEPB, MARIA RITA BERTOLOZZI - UEPB, TÂNIA MARIA RIBEIRO MONTEIRO DE FIGUEIREDO - UEPB
Apresentação/Introdução A população em situação de rua apresenta 56 vezes mais chance de adoecer por Tuberculose que a população em geral. Essa situação é agravada pela exclusão social e a pobreza extrema que implica em condições insatisfatórias de alimentação, higiene e cuidados de saúde, além das comorbidades, do uso de substancias psicoativas, da imigração e de dificuldades de acesso aos serviços de saúde.
Objetivos Descrever os aspectos epidemiológicos da tuberculose na população brasileira que vive em situação de rua.
Metodologia Estudo transversal descritivo-quantitativo, realizado com base no banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação, na versão online, disponibilizado na página eletrônica do DATASUS/MS. Acessado em fevereiro de 2018. A população do estudo foi composta por todos os casos de Tuberculose que vivia em situação de rua no período de 2012 a 2016. Posteriormente a coleta, os dados foram tabulados no Microsoft Excel e processados no software estatístico R (versão 3.2.0) para a análise estatística descritiva das variáveis.
Resultados Foram diagnosticados 6.055 casos de tuberculose em pessoas que viviam em situação de rua no período estudado, dos quais apresentaram predominância do sexo masculino (81,5%), da faixa etária de 45 a 54 anos (53,5%), da escolaridade analfabetos (59,5%) e raça parda (40,1%). Quanto as comorbidades, destacaram-se: tabagismo (28,3%), alcoolismo (50,5%), drogas ilícitas (46,3%), 23,5% era coinfectados com o HIV, dos quais 21,8% apresentavam a forma crônica (Aids). Em relação ao adoecimento por tuberculose: 56,4% eram casos novos, 91,1% possuíam a forma pulmonar, 27% dos casos foram curados, 28,9% abandonaram o tratamento e 10,5% foram a óbito.
Conclusões/Considerações O perfil com predominância do sexo masculino, faixa etária 45 a 54 anos, analfabetos e pardos, não se distanciou da população geral, o que reflete a necessidade de investir em ações alternativas de saúde direcionadas a esse público. Observou-se ainda a presença de comorbidades que podem elevar a vulnerabilidade a morbimortalidade e abandono do tratamento. Ademais, a situação de encerramento está aquém da meta estabelecida pelo ministério da saúde.
|