28/07/2018 - 14:30 - 16:00 CO12j - Síndrome do Zika Congênita: Características Clínicas e Impacto do Diagnóstico na Família |
28355 - CARACTERÍSTICAS DA SÍNDROME CONGÊNITA DO VÍRUS ZIKA (SCZ) NO MUNICÍPIO DE RECIFE/PERNAMBUCO EVELINE D'ANDRADA CRUZ - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, MÁRCIA ANDREA OLIVEIRA DA CUNHA - UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO, JADSON MENDONÇA GALINDO - SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DE JABOATÃO DOS GUARARAPES
Apresentação/Introdução A SCZ inclui além de casos de microcefalia, crianças com o perímetro cefálico adequado, mas com achados clínicos e de imagem no SNC compatíveis com infecção viral. Ela surgiu em evidencia nacional e internacional a partir da alteração no padrão epidemiológico de ocorrências de microcefalias em Pernambuco em 2015, sendo o município de Recife, o que apresentou o maior número de casos no estado.
Objetivos Caracterizar o perfil dos casos confirmados de Síndrome Congênita do vírus Zika (SCZ) em nascidos vivos (NV) de mães residentes no Recife, Pernambuco, no período de agosto de 2015 a julho de 2017.
Metodologia Tratou-se de um estudo exploratório e descritivo, do tipo transversal, acerca dos casos confirmados de SCZ, entre nascidos vivos de mães residentes no Recife, no período de 1º de agosto de 2015 a 31 de julho de 2017.
Foram utilizados dados provenientes do processo de linkage entre bancos de dados do Registro de Eventos em Saúde Pública (RESP-Microcefalias) e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc), sendo a técnica aplicada através do software Microsoft Excel® 2010.
No mesmo software, a partir da matriz de dados, foram realizadas análises de frequência absolutas e relativas para as diversas variáveis do estudo. A pesquisa obteve parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa.
Resultados O linkage entre os 69 casos confirmados de SCZ do RESP e os 44529 NV do Sinasc, resultou no pareamento de 62 registros, com taxa de vinculação de 89,8%.
A mediana da idade das mães foi de 29 anos, a maioria delas tinha o Ensino Médio e era parda ou preta. Todas as gestações foram únicas, 95,2% das mães fizeram pelo menos uma consulta, tendo 56,5% realizado 7 e mais consultas.
A maioria dos NV nasceu de parto normal (53,2%) e a termo (87,1%). A mediana do perímetro cefálico foi de 30 cm e do peso, 2790 gramas. Foram classificados como microcefalia severa 59,7% dos casos. Realizaram exames de imagem 88,7% dos NV e em 85,9% dos exames foram encontradas alterações sugestivas de infecção congênita.
Conclusões/Considerações Diante da situação de Emergência em Saúde Pú¬blica, marcada pelo alto número de casos de SCZ no município de Recife, bem como pela complexidade da SCZ para as crianças e familiares, faz-se necessário estruturar e implementar os serviços de assistência e vigilância, visando a promoção do cuidado integral e o acompanhamento dessas crianças. O conhecimento do perfil epidemiológico da SCZ no município é essencial na composição da sua rede de saúde.
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