27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO12f - Síflis na Gestação |
24599 - ANÁLISE DA TENDÊNCIA TEMPORAL DE CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS EM GESTANTES E SÍFILIS ADQUIRIDA EM MULHERES NO ESTADO DE GOIÁS, 2010 A 2016 PATRÍCIA SILVA NUNES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, DÉBORAH FERREIRA NORONHA DE CASTRO ROCHA - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS-SES/GO, LARISSA KRISTINA VIDAL MONTES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE GOIÁS-SES/GO, TAMÍRIS AUGUSTO MARINHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, RODRIGO FARIA DORNELAS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, RAFAEL ALVES GUIMARÃES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, SHEILA ARAÚJO TELES - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG, MARÍLIA DALVA TURCHI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS-UFG
Apresentação/Introdução A erradicação da sífilis congênita é uma meta prioritária da Organização Mundial de Saúde. A sua persistência indica falhas na assistência à saúde. No Brasil, a sífilis em gestantes e a sífilis adquirida são agravos de notificação compulsória desde 2005 e 2010, respectivamente. São muitos os desafios atuais para o controle da sífilis, incluindo o diagnóstico precoce e tratamento adequado.
Objetivos Descrever a tendência temporal dos casos de sífilis adquirida em mulheres e sífilis em gestante entre os anos de 2010 e 2016, no Estado de Goiás.
Metodologia Estudo descritivo com utilização de dados obtidos no Sistema de Agravos de Notificação-Goiás. Foram analisados os casos notificados de sífilis em mulheres >13 anos e sífilis em gestantes, residentes em Goiás O coeficiente de incidência de sífilis adquirida foi calculado considerando o número de casos nos respectivos anos, dividido pelo número de mulheres > 13 anos residentes no estado de Goiás, nos anos correspondentes, vezes 100.000. A taxa de detecção de sífilis em gestantes foi calculada a partir do número de casos, dividido pelos nascidos vivos do ano correspondente, vezes 1.000. Foi realizada análise de regressão linear simples. Nível de significância p <5%.
Resultados No total foram notificados 1.660 casos de sífilis adquirida em mulheres maiores de 13 anos e 5.318 casos em gestantes. O número de casos de sífilis adquirida, passou de 50 em 2010 para 674 em 2016, aumento de 13,5 vezes. Em gestantes foram 345 casos em 2010 e 1.136 em 2016, representado um aumento de 3,3 vezes. Os coeficientes de incidência de sífilis adquirida em mulheres e em gestantes apresentaram aumento significativo ao longo dos anos, com R²=0,77 e 0,91 (p<0,05) respectivamente. Entre 2010 e 2016 a taxa de detecção de sífilis em gestantes foi de 3,9/1.000 nascidos-vivos para 11,3/1.000 nascidos-vivos, e a incidência de sífilis adquirida passou de 1,9/100.000 para 23,4/100.000.
Conclusões/Considerações O aumento do número de casos de sífilis adquirida em mulheres e de sífilis em gestantes pode ser interpretado como uma melhora do sistema de vigilância ou como aumento real do número de casos na população geral. Indica necessidade de melhorar estratégias para diagnóstico e tratamento precoce. A triagem da sífilis na população deve ser ampliada com vistas à interrupção da cadeia de transmissão e erradicação da sífilis congênita.
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