27/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO12e - Alguns aspectos Epidemiológicos do HIV/AIDS |
28611 - VULNERABILIDADE AO HIV EM MULHERES VIVENDO E NÃO COM HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE PORTO ALEGRE, RS: UM ESTUDO COMPARATIVO. MARSAM ALVES DE TEIXERA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, EMERSON SILVEIRA DE BRITO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, EVELIN MARIA BRAND - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, KAREN DA SILVA CALVO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, FLAVIA BULEGON PILECCO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, ALVARO VIGO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, DANIELA RIVA KNAUTH - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, LUCIANA BARCELLOSTEIXEIRA - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Apresentação/Introdução As mulheres representam 51% das PVHA no mundo, e sabendo-se que a infecção em mulheres ocorre em contextos de vulnerabilidade, faz-se necessário identificar o quão expostas elas estão a estes fatores, assim como considerar estas questões durante o planejamento e realização das ações, já que elas instituem uma dinâmica complexa relacionada à saúde e ao acesso destas mulheres nos serviços de saúde.
Objetivos Comparar características relacionadas à vulnerabilidade ao HIV em mulheres vivendo e não vivendo com HIV/AIDS no município de Porto Alegre, RS.
Metodologia Estudo transversal com mulheres de 18 a 49 anos vinculadas à rede pública de saúde, cujo cálculo amostral definiu a necessidade mínima de inclusão de 1230 mulheres, sendo 615 MVHA advindas de serviços especializados, e 615 mulheres sem o diagnóstico de HIV e acompanhadas na AB. Usou-se o teste de homogeneidade de proporções baseado na estatística de qui-quadrado de Pearson ou Fisher ao nível de significância de 5%. O software SPSS foi utilizado para as comparações brutas e o software STATA para produzir a ponderação de respostas das mulheres divididas nos dois grupos. O projeto foi aprovado pelos Comitês de Ética das instituições envolvidas.
Resultados A ocorrência de IST nos últimos doze meses ocorreu em 7,5% das MVHA e em 4,4% das MNVHA. A coleta de CP nunca foi realizada por 2,7% das MVHA e 7,5% das MNVHA, enquanto 64,7% das MVHA e 62,4% das MNVHA realizou há menos de um ano. Entre as MVHA 11,2% afirmou já ter feito sexo em troca de dinheiro, contra 3,9% das MNVHA. Menor proporção de MVHA (40,3%) relatou ter sofrido violência psicológica em comparação com as MNVHA (51,3%), no entanto em relação à violência física e sexual a proporção foi de 39,3% e 18,8% respectivamente para as MVHA, e de 33,5% e 12,4% nas MNVHA. Entre as MVHA 22,4% já se sentiu discriminada no serviço de saúde. Os resultados correspondem a dados parciais da pesquisa.
Conclusões/Considerações Identifica-se uma maior suscetibilidade das MVHA à IST podendo estar relacionado tanto ao comportamento de risco quanto à imunodeficiência, sendo fundamental o acesso a exames preventivos. Identifica-se a presença de estigma em torno do HIV dentro dos serviços de saúde, e o quão vulneráveis encontram-se as MVHA frente às desigualdades de gênero, sendo necessário políticas de redução da desigualdade de gênero e empoderamento individual e coletivo.
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