Comunicações Orais

26/07/2018 - 13:10 - 14:40
CO12a - Diagnóstico e Prevenção do HIV : Conhecimentos e Práticas 

26551 - RASTREAMENTO DO HIV NO PRÉ-NATAL E SEGUIMENTO DA TRANSMISSÃO VERTICAL: CINCO ANOS APÓS A INTRODUÇÃO DO TESTE RÁPIDO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA
ANA AMÉLIA NASCIMENTO DA SILVA BONES - UFCSPA/ SMS PORTO ALEGRE-RS, TALES VICENTE SCHEIDE - UFCSPA, AIRTON TETELBOM STEIN - UFCSPA

Período de Realização
Entre novembro/2012 a fevereiro/2018.


Objeto da Experiência
Aplicação do Teste Rápido de HIV no pré-natal pela Atenção Primária à Saúde.


Objetivos
Avaliar a prática do teste rápido para HIV no pré-natal em uma Unidade de Saúde da Família (USF) na região central de Porto Alegre, acompanhada da evolução dos Recém-Nascidos (RN) soro expostos para avaliar a incidência de transmissão vertical.


Metodologia
Estudo transversal, com componentes descritivos e analíticos, desenvolvido por meio da abordagem de série temporal entre novembro de 2012 e fevereiro de 2018, detalhados segundo variáveis selecionadas e aplicados em todos os TR aplicados na USF em mulheres com diagnóstico de gestação e sem diagnóstico prévio de HIV.


Resultados
Foram realizados 1317 TR na população adstrita no território (aproximadamente de 5.000 habitantes), sendo que foram aplicados 347 em 275 gestações. Desses, 12 testes resultaram reagentes para HIV, com 7 para a coinfecção com sífilis. No seguimento dos RNs soro expostos, 9 resultaram negativos, 1 com 10 meses em acompanhamento - até o momento negativo - e 2 perderam seguimento por saída do território de abrangência, sendo notificados ao Comitê de Transmissão Vertical para busca ativa.


Análise Crítica
Comparando a taxa de detecção da amostra em questão com a de Porto Alegre fica evidente a vulnerabilidade da população em estudo. Segundo o Boletim Epidemiológico 2017, em Porto Alegre a taxa de detecção de HIV em gestantes foi de 2% (20 a cada 1000 nascidos vivos) e no Brasil de 0,6%, enquanto na população estudada encontramos 4,3% no período estudado, não considerando gestantes com diagnóstico prévio de HIV.


Conclusões e/ou Recomendações
A USF fez a gestão do cuidado com suporte dos serviços especializados e dos pontos de apoio do território. A experiência mostrou a capacidade da USF - através do vínculo e da longitudinalidade - de garantir o diagnóstico precoce nas gestantes, de acompanhar os períodos de pré e pós-natal e de profilaxia ao RN. Ainda, de apoiar o binômio mãe-bebê e a não amamentação, onde além de um controle clínico da viremia, merece amparo psicossocial.

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