26/07/2018 - 13:10 - 14:40 CO12a - Diagnóstico e Prevenção do HIV : Conhecimentos e Práticas |
24211 - CONHECIMENTO DA PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO ENTRE HOMENS QUE FAZEM SEXO COM HOMENS (HSH) RESIDENTES NO RIO DE JANEIRO. RAQUEL MARIA CARDOSO TORRES - ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA (ENSP/FIOCRUZ), OLIVIER ROBINEAU - DÉPARTEMENT DES MALADIES INFECTIEUSES/ UNIV LILLE 2 (LILLE/FRANÇA); SORBONNE UNIVERSITÉS /UNIV PARIS 06/INSTITUT PIERRE LOUIS D’EPIDEMIOLOGIE ET DE SANTÉ PUBLIQUE (PARIS/FRANÇA), DENISE RIBEIRO FRANQUEIRA PIRES - SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO RIO DE JANEIRO (SES-RJ), ANDRÉ REYNALDO SANTOS PÉRISSÉ - DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS/ ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA (ENSP/FIOCRUZ), MARLY MARQUES DA CRUZ - DEPARTAMENTO DE ENDEMIAS SAMUEL PESSOAL/ ESCOLA NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA SERGIO AROUCA (ENSP/FIOCRUZ)
Apresentação/Introdução A profilaxia pós-exposição (PEP) é uma das medidas preconizadas pelo Ministério da Saúde desde 2010 como mais uma estratégia de prevenção ao HIV/Aids. Anteriormente, a PEP era indicada apenas para situações de violência sexual e acidente ocupacional mas foi ampliada para todas as exposições de risco. Entretanto, os homens que fazem sexo com homens (HSH) permanecem com altas prevalências HIV.
Objetivos O objetivo do estudo foi analisar o conhecimento sobre Profilaxia Pós-Exposição (PEP) ao HIV em uma amostra de HSH residentes no Rio de Janeiro.
Metodologia Estudo transversal realizado no município Rio de Janeiro entre jun/2014 e set/2015. A população do estudo foram os HSH que aceitaram voluntariamente participar da pesquisa. A coleta foi por meio de um questionário com dados sociodemográficos, história médica, comportamento sexual e sobre o conhecimento de profilaxia com medicamentos para evitar a contaminação com o HIV. Para esta análise foram realizadas estatísticas descritivas.
Resultados Foram incluídos 341 HSH que apresentaram prevalência HIV 13,9%. Observou-se que 65,2% ouviram falar sobre medicamentos contra o HIV após exposição de alto risco, sendo a principal fonte de informação internet, amigos ou profissionais de saúde. Apenas 21,2% conheciam alguém negativo para HIV que tomou essa medicação, e somente 7,6% já usaram para prevenir HIV quando expostos a um ato sexual de alto risco ou exposição a drogas. Observou-se que 61,5% utilizaria a medicação se fizessem sexo anal receptivo sem preservativo com parceiro sabidamente positivo. Cerca de 70% considera difícil obter esses medicamentos. Ressalta-se que 52% tem receio de que a PEP possa aumentar o sexo inseguro.
Conclusões/Considerações Apesar da PEP ser recomendada desde 2010 ainda se observa pouco conhecimento. A população HSH da pesquisa apresentou alta prevalência HIV, ou seja, grande risco e, mesmo assim, baixo conhecimento de PEP. Observa-se necessidade de ampliar a informação sobre PEP, assim como o acesso a essa medicação principalmente em populações chaves. Também é importante enfatizar as diversas estratégias de prevenção combinada, entre elas o uso do preservativo.
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