27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
28248 - SÍFILIS EM GESTANTE NO MUNICIPIO SÃO MATEUS-ES: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA. MARIA CIRLENE CASER - UFES, CATIUCIA ESTEVÃO GRILO - UFES _ UNIVERSIDADE FEDERAL DO ES
Apresentação/Introdução A sífilis em gestantes é considerada um problema de saúde pública e seu controle está relacionado à qualidade da assistência no pré-natal. O Município presta assistência materno infantil em US e 02 hospitais contabilizando anualmente média de 1.700 partos. Apresenta altos índices da doença no município, reforçando a necessidade de se avaliar a qualidade na assistência do pré-natal.
Objetivos Analisar dados epidemiológicos das gestantes com sífilis, no período de 2007 a 2016, no Município de Saúde de São Mateus, Estado do Espírito Santo.
Metodologia Estudo descritivo, exploratório, retrospectivo, com abordagem quantitativa. População: gestantes com diagnóstico de sífilis residentes no município, com teste treponêmico (VDRL) positivo no pré-natal, com casos notificados no SINAN, de janeiro/2007 a dezembro/2016 (N= 278) pelos serviços de saúde do município. Va¬riáveis analisadas: número de casos de sífilis em gestante, ano da notificação, idade, escolaridade e zona de moradia classificação clínica e resultado dos testes treponêmico – VDRL e teste não treponêmico no pré-natal, esquema de tratamento prescrito à gestante e ao parceiro, adesão ou não ao tratamento por parte do parceiro. Os dados foram digitados e calculados no Microsoft Excel 2007.
Resultados No período foram notificados 278 casos de sífilis em gestantes. A faixa etária variou de 10 a 49 anos. Em 2007 o único caso de sífilis em gestante foi registrado na forma primária. A partir de 2010 foi registrado casos com sinais de sífilis primária (15,4%). O percentual dos testes de VDRL das gestantes com sífilis foi de 98,6% em 2015. No único caso notificado foi prescrito Penicilina G Benzatina 2.400.000UI. A partir de 2010, a prescrição de Penicilina G Benzatina 7.800.000UI passa a ser mais recorrente. 72,2% dos parceiros realizaram o tratamento adequado, 13,6% não realizaram tratamento e 9,1% rea¬lizaram o tratamento inadequado. No ano de 2016, 47,1% dos parceiros não realizaram tratamento.
Conclusões/Considerações A sífilis é uma doença de tratamento eficaz e de baixo custo. Apesar da melhoria do acesso ao servi¬ço de saúde, à consulta de pré-natal e aos exames de sangue, os indicadores mostram uma vulnerabilidade no acolhimento, tratamento e na própria assistência ao pré-natal, reforçando a necessidade de sensibilização e capacitação permanente das equipes para implantar como rotina as orientações contidas nos protocolos do MS.
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