27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
27596 - SÍFILIS MATERNO INFANTIL NO BRASIL: O GRANDE DESAFIO! FLÁVIA KELLI ALVARENGA PINTO - MINISTÉRIO DA SAÚDE, ALESSANDRO RICARDO CARUSO DA CUNHA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, GERSON FERNANDO MENDES PEREIRA - MINISTÉRIO DA SAÚDE, FLÁVIA MORENO ALVES DE SOUZA - MINISTÉRIO DA SAÚDE
Apresentação/Introdução Desde 2010 os Estados membros da OPAS se comprometeram na dupla eliminação da transmissão vertical do HIV e sífilis na Região. Este compromisso foi renovado e expandido em 2016, quando aprovaram o Plano de Ação para Prevenção e Controle do HIV e Infecções de Transmissão Sexual 2016-2021, com o objetivo de contribuir para o fim da AIDS e de outras IST como um problema de saúde pública nas Américas.
Objetivos Analisar a evolução da incidência de sífilis em gestante e da sífilis congênita no período de 2006 e 2016, no Brasil e Grandes Regiões.
Metodologia Foi realizado um estudo descritivo e retrospectivo da distribuição da incidência de sífilis em gestantes e sífilis congênita no período de 2006 a 2016 na população brasileira. A área do estudo compreendeu o território brasileiro considerando sua divisão regional (Norte, Nordeste, Sudeste Sul e Centro-Oeste). Para esse estudo, foram utilizadas as bases de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), do Ministério da Saúde. Foram calculadas as taxas de incidência para o período de 2006 a 2016 e, coeficiente de correlação linear de Pearson. Para a análise descritiva, utilizou-se o programa SPSS, versão 18.
Resultados No período de 2006 a 2017 o incremento da sífilis em gestante foi 9,5% (passando de 1,2 para 9,5 casos por 1000 NV, respectivamente) enquanto o incremento da taxa de incidência da sífilis congênita foi de 29,5% (passando de 2,0 para 6,8 casos por 1000 NV, respectivamente), sendo três vezes superior quando em comparação ao da gestante. Observa-se que houve aumento da sífilis congênita superior ao de sífilis em gestantes em todas as regiões do Brasil, sendo que na região Sudeste o incremento da taxa em sífilis congênita (28,3%) foi 17 vezes superior ao incremento da taxa em gestante (1,6%). As taxas por ano apresentaram correlação positiva para o Brasil e regiões (p-valor 0,05).
Conclusões/Considerações Observam-se aumentos persistentes na incidência de sífilis em gestante e congênita e, incremento de sífilis congênita superior ao de gestantes; sugerindo barreiras na detecção de casos de sífilis em gestante no pré-natal, ou possíveis classificações errôneas de casos de sífilis congênita. Em conclusão, os resultados apontam a necessidade de identificação das lacunas para a consecução do objetivo da eliminação da transmissão vertical da sífilis.
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