27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
24947 - SÍFILIS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA QUALIDADE DA INFORMAÇÃO PUBLICIZADA ANA KARLA BEZERRA LOPES - UFRN, MARIA QUITÉRIA BATISTA MEIRELLES - UFRN, MARQUIONY MARQUES DOS SANTOS - UFRN, ANGELO GIUSEPPE RONCALLI DA COSTA OLIVEIRA - UFRN, KENIO COSTA DE LIMA - UFRN
Apresentação/Introdução A sífilis é uma doença infecciosa considerada como um sério problema de saúde pública, devido suas elevadas taxas. Os casos notificados de sífilis em gestante e congênita, no Brasil, encontram-se disponíveis no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação. A análise da completude desses dados se apresenta como termômetro da qualidade da informação gerada por esse sistema de informação.
Objetivos Avaliar a qualidades dos dados publicizados pelo SINAN sobre os casos notificados de sífilis em gestante e sífilis congênita em todo território nacional, no período de 2007 à 2013.
Metodologia O estudo do tipo ecológico avaliou a qualidade das notificações de sífilis em gestante e sífilis congênita em todos os municípios do Brasil. A análise considerou os dados publicizados pelo SINAN na sua atual plataforma, versão Net, no sítio DATASUS, o que compreendeu o período de 2007 a 2013. Para análise da completude os campos que compõem as fichas de notificação foram considerados completos quando preenchidos com as informações solicitadas. Campos preenchidos como “ignorado” ou deixados em branco foram considerados incompletos. A completude foi classificada segundo o escore recomendado pela Coordenação Nacional do SINAN: excelente - acima de 90%; regular - 70 a 89%; ruim - abaixo de 70%.
Resultados Entre 2007 e 2013 foram notificados 49.739 casos de sífilis congênita (SC) no Brasil e 68.784 casos de sífilis em gestantes. Considerando-se todos os 10 campos analisados para SC, a completude foi considerada de regular em apenas 3 campos (raça - 77,44%; tratamento do parceiro -77,07%; escolaridade da mãe - 71,94%). Não ocorreram campos ruins e os outros sete analisados foram classificados como excelentes. Já para a sífilis em gestante foram analisados 8 campos. Destes, 2 foram considerados regulares (teste treponêmico - 85,98%; evolução - 87,80%) e outros 2 foram considerados ruins (classificação clínica - 67,82%; escolaridade - 69,96%). O restante apresentou escore excelente.
Conclusões/Considerações Observou-se comprometimento na qualidade da informação acerca da sífilis congênita e em gestantes, visto que variáveis importantes para caracterizar o perfil dos casos no país apresentaram completude insatisfatória. Isso reflete-se no planejamento das ações de redução dos índices, uma vez que incompletude elevada gera uma informação que não retrata a realidade e contribui para a ineficiência das políticas públicas de enfrentamento da doença.
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