27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
24383 - INFECÇÃO PELO HPV, REPRESENTATIVIDADE DOS EPITÉLIOS DO COLO DO ÚTERO E RESULTADOS DE CITOLOGIA ENTRE USUÁRIAS DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA EM JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS ANDRÉIA RODRIGUES - HUGG-UNIRIO, MARIA TERESA BUSTAMANTE TEIXEIRA - NATES-UFJF, KRISTIANE DE CASTRO DIAS DUQUE - NATES-UFJF, CARMEN JUSTINA GAMARRA - UNILA, JOSÉ EDUARDO LEVI - USP, GULNAR AZEVEDO E SILVA - IMS-UERJ
Apresentação/Introdução A detecção do HPV aponta as mulheres sob risco para o câncer cervical. O rastreamento por citologia apresenta falhas na coleta, interpretação e logística, prejudicando a qualidade. A inclusão de testagem para o HPV, adjuvante ou substituta, aumenta sua efetividade, sendo mais sensível entre as jovens e em cenários desfavoráveis. O estudo em base populacional reduz as limitações da aplicabilidade.
Objetivos Estimar a prevalência de infecção pelo papilomavírus (HPV) segundo os resultados dos exames e a qualidade do esfregaço citológico do colo uterino realizados em mulheres atendidas pela Estratégia Saúde da Família em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Metodologia Estudo transversal. Participaram 767 mulheres de 20 a 59 anos, residentes em Juiz de Fora (Minas Gerais), recrutadas para rastreamento organizado, realizado em unidade da Estratégia Saúde da Família. As participantes responderam a questionário padronizado, sendo submetidas a exame citológico cervical e testagem para HPV. Foram calculadas estimativas de prevalência de lesões preneoplásicas e de prevalência de infecção pelo HPV, além de indicadores da qualidade laboratorial dos resultados.
Resultados A média de idade das participantes foi 37,83 anos. A prevalência de alterações citológicas foi 7,27% (5,40-9,15, IC 95%), sendo significativa a diferença na positividade entre as amostras satisfatórias de boa e má qualidade (c2=9,78, p=0,04). A prevalência de infecção por HPV foi 11,29% (9,07-13,84, IC 95%), sem diferença significativa nas proporções para qualquer qualidade de esfregaço (c2=0,39, p=0,64). O percentual de amostras insatisfatórias foi 0,4%. O percentual de atipia celular escamosa (ASC) entre exames alterados foi 3,70%. A razão ASC/SIL (lesão intraepitelial) foi 0,2, sendo 0,4% o percentual de exames compatíveis com HSIL (lesão intraepitelial de alto grau).
Conclusões/Considerações Enquanto a prevalência de alterações cervicais parece ser influenciada pela representatividade celular das amostras, o mesmo não se observa nas estimativas de infecção pelo HPV. Mulheres em risco para câncer cervical não captadas no rastreamento convencional seriam beneficiadas pela inclusão da testagem do HPV. Estudos adicionais são necessários para avaliar sensibilidade e especificidade da testagem de HPV incorporada ao rastreamento.
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