27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
22694 - PERFIL DE MULHERES ACOMETIDAS POR SÍFILIS NO MUNICÍPIO DE PORTEL/PA, NO PERÍODO DE 2016 A 2017. LUZIA BEATRIZ RODRIGUES BASTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, MARIA ALVES BARBOSA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, DINIZ ANTONIO DE SENA BASTOS - UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ, HADSAN TAIANA ALEIXO DA FONSECA - UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA, IVANA MARY LEAL GOMES - UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA
Apresentação/Introdução As doenças sexualmente transmissíveis são consideradas um grave problema de saúde pública, dentre elas, destaca-se a sífilis que tem se tornando uma das principais preocupações. Apesar da grande dimensão do problema e pelas estatísticas oficiais subestimadas, faz-se o questionamento dos fatores que podem estar associados ao aumento das taxas de sífilis em mulheres atendidas na rede básica de saúde.
Objetivos Identificar o perfil sócio demográfico de mulheres acometidas por sífilis, atendidas nas Unidades Saúde da Família do Município de Portel no Estado do Pará, destacando os fatores de risco em mulheres com diagnóstico de sífilis.
Metodologia Tratou-se de estudo descritivo com abordagem quantitativa, com amostra composta por 50 prontuários de mulheres atendidas em 5 (cinco) Unidades Saúde da Família, a saber: Castanheira, Muruci, Tijuca, Pinho e Cidade Nova, localizadas no Município de Portel no Pará. Os dados foram colhidos e transcritos em formulário elaborado pelos pesquisadores contendo diversas interrogativas quanto aos fatores que podem ser preditores do aumento da incidência de sífilis no município da pesquisa. O estudo ocorreu no período de março de 2016 a março de 2017 e foi aprovado no CEP da Universidade da Amazônia e Plataforma Brasil, obedecendo todos os critérios legais formais exigidos.
Resultados As mulheres acometidas por sífilis, têm em média 28 anos (58%); há maior concentração de mulheres com sífilis nos bairros Cidade Nova (32%) e Zona Rural (22%); 48%, têm união estável; 60%, residem com esposo ou companheiro e filhos; 88% possuem ensino fundamental incompleto; 76% percebem renda menor que 1 salário mínimo; 22%, trabalhadoras autônomas, 22%, desempregadas e 22%, mulheres do lar; 16%, residem em casa própria e 22%, em casa alugada; 78%, têm um parceiro e 14%, dois; 6%, três e 2%, quatro parceiros; 40%, são tabagistas, 58% etilistas e 8%, fazem uso de drogas ilícitas; 46% foram diagnosticadas com sífilis no 1º trimestre, 22%, 2º trimestre e 10% no 3º trimestre de gravidez.
Conclusões/Considerações A sífilis acomete populações mais vulneráveis, e/ou pessoas de áreas onde os serviços de saúde são mais escassos e precários. Encontra-se atrelada à falta de prevenção e de informações e às dificuldades de compreensão da gravidade e das repercussões causadas pela doença. Daí a necessidade de serem pensadas políticas públicas na área da saúde coletiva, pautadas na promoção e prevenção, de acordo com a realidade da população em seu local de moradia.
|