27/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12d - Infecções sexualmente transmissíveis |
22154 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PORTADORES DE HTLV ATENDIDOS EM INSTITUTO DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS FLAVIO ASTOLPHO VIEIRA SOUTO REZENDE - FIOCRUZ, ELIDA AZEVEDO HENNINGTON - FIOCRUZ, MARY LUCY RIBEIRO PINTO - FIOCRUZ, IONARA FERREIRA DA SILVA GARCIA - FIOCRUZ, ANA CLAUDIA C BEZERRA LEITE - FIOCRUZ, SANDRA DE CASTRO DO VALLE - FIOCRUZ, ANA ROSALI LOUVIZE G. DA SILVA - FIOCRUZ, MARIA CLARA LEAL - FIOCRUZ, STEPHANIE C. SOUZA MARTINS - FIOCRUZ
Apresentação/Introdução Identificados na década de 1980, o HTLV-I e II são retrovírus cuja transmissão se dá pelas vias sexual, hematogênica e vertical. Estimativas mundiais apontam que o Brasil possui o maior número absoluto de indivíduos infectados, com prevalências variando de 750 mil a 2,5 milhões. Ausência de estudo de base populacional e a falta de dados oficiais contribuem para a invisibilidade sanitária e social do HTLV
Objetivos O objetivo da pesquisa foi conhecer o perfil epidemiológico de pessoas afetadas pelo HTLV atendidas em instituto de referência em doenças infecciosas.
Metodologia Trata-se de estudo epidemiológico descritivo a partir da análise de prontuário eletrônico. Foram selecionados prontuários referentes à coorte de pesquisa HTLV, CID Z22.6 e G04.1. O número de pacientes registrados foi de 1301 indivíduos e, deste total, 324 foram atendimentos eventuais ou não foi feita abertura de prontuário e 977 possuíam prontuário eletrônico. Dos 977 prontuários abertos, 108 prontuários foram posteriormente identificados como sendo de indivíduos já falecidos, 391 foram considerados inativos e 478 encontravam-se ativos. Destes foram analisadas variáveis sociodemográficas e nosológicas.
Resultados Do total de indivíduos em acompanhamento, a maioria são mulheres (58%), acima de 60 anos (51%), 46% são brancos e 52% pardos e negros e 48% possuem escolaridade até o ensino fundamental. Cinquenta e seis por cento são moradores da cidade do Rio de Janeiro, embora muitos residam na Baixada Fluminense (26%), São Gonçalo ou Niterói (8%). Em relação à situação familiar, 70% vivem com o cônjuge ou familiar. Dentre as morbidades identificadas, a maioria está inserida nos capítulos I, VI, V, IV e XIII da CID 10, representando aproximadamente 75% dos diagnósticos. Observaram-se 40% de registros inativos – 391 pacientes sem comparecimento há dois anos ou mais, o que pode caracterizar abandono
Conclusões/Considerações Foram verificados problemas em relação à qualidade do registro de variáveis importantes como ocupação e religião e a ausência de variáveis de interesse como local de trabalho, vínculo empregatício e previdenciário, uso de preservativo, de drogas, dentre outras. Há um número significativo de usuários sem seguimento. Novos estudos deverão ser implementados para ampliar e aprofundar o conhecimento sobre o perfil dos usuários e os motivos do abandono
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