29/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12k - Doenças respiratorias, gastrointestinais, imunopreveniveis, toxoplasmose e outras infecções |
22619 - INFECÇÕES POR ROTAVÍRUS EM RECÉM NASCIDOS E LACTENTES DO COMPLEXO DE MANGUINHOS, RIO DE JANEIRO E SUAS CORRELAÇÕES COM A VACINA MONOVALENTE ROTARIX PATRICIA BRASIL - FIOCRUZ, LIÈGE MARIA ABREU DE CARVALHO - FIOCRUZ, MAYUMI WAKIMOTO - FIOCRUZ, DENISE COTRIM DA CUNHA - FIOCRUZ, JOSÉ PAULO GAGLIARDI LEITE - FIOCRUZ, FILIPE ANIBAL CARVALJO-COSTA - FIOCRUZ, EDUARDO DE MELLO VOLOTÃO - FIOCRUZ, MIRIÃ GONÇALVES - FIOCRUZ, MARCIA TEREZINHA BARONI DE MORAES - FIOCRUZ, CARINA CANTELLI PACHECO DE OLIVEIRA - FIOCRUZ
Apresentação/Introdução As doenças diarreicas agudas são uma importante causa de mortalidade infantil em países em desenvolvimento. Os rotavírus são reconhecidos como a causa isolada mais importante de gastroenterite grave infantil no mundo, sendo o rotavírus A (RV-A) o responsável por mais de 400.000 mortes por ano. Apresentações mais graves da infecção ocorrem em lactentes, mais comumente entre 6 e 24 meses de idade.
Objetivos Avaliar a dinâmica de excreção e circulação do rotavírus vacinal em crianças em idade pré-vacinal e vacinadas;
Determinar a incidência de gastroenterite e a frequência de eventos adversos pós-vacinais;
Descrever o perfil sócio-econômico dos participantes.
Metodologia Coorte prospectiva de recém-nascidos e lactentes atendidos na Estratégia de Saúde da Família de Manguinhos, cujos pais ou responsáveis tenha assinado o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE).
Exclusão: crianças cujos pais retirarem o TCLE.
Os recém-nascidos e lactentes da coorte serão acompanhados nas consultas de rotina e durante os episódios de diarreia, com 5 coletas de fezes:
Até 2 meses de vida com intervalos quinzenais; após a 1ª e a 2ª doses da vacina contra rotavírus; e, durante episódios de doença diarreica aguda.
As amostras de fezes são encaminhadas ao Laboratório de Virologia Comparada e Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz para exames sorológicos e de biologia molecular.
Resultados 234 participantes
50,4% (118) sexo feminino e 49,6% (116) sexo masculino
Antes da vacinação, a taxa de positividade de Rotavírus nas fezes foi de 3,4% na 1ª coleta, 4,2% na 2ª coleta e de 2,2% na 3ª coleta, com idades médias em dias de 18, 33 e 46, respectivamente.
Após as 1ª e 2ª doses da vacina, a taxa de positividade foi de 43% e 14,8%, respectivamente, sendo o genótipo mais encontrado o G1P[8].
A diarreia pós-vacinal ocorreu em média, em 19% dos participantes, sem sangue nas fezes.
Sobre o grau de escolaridade, 41% das mães dos participantes estudou até 9 anos na escola. Destas, 42% não completou o ensino fundamental.
3% dos participantes não possuem água potável e 1,3% não tem saneamento.
Conclusões/Considerações Há circulação de rotavírus em recém-nascidos e lactentes assintomáticos de Manguinhos, Rio de Janeiro, antes da 1ª dose da vacina monovalente. Após a vacinação observa-se a excreção de vírus com genótipo G1P[8], o mesmo contido na vacina monovalente Rotarix distribuída pelo Programa Nacional de Imunização, o que confere imunidade de rebanho entre a população exposta.
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