Comunicações Orais Curtas

28/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12g - HIV/AIDS

27652 - DIAGNÓSTICO TARDIO DE HIV EM JOVENS: UMA REALIDADE A SER SUPERADA
JANETE ROMÃO DOS SANTOS - UFC, FABIANA SALES VITORIANO UCHOA - SMS FORTALEZA, ROBERTO DA JUSTA PIRES NETO - UFC, MARIA VILANI DE MATOS SENA - UFC

Apresentação/Introdução
A epidemia de HIV/Aids atinge a população de acordo com as vulnerabilidades, nos jovens, de acordo com a UNAIDS dados epidemiológicos de 25 países mostram que das 5.700 novas infecções de HIV em 2015, 35% ocorreram entre jovens. Neste sentido, o estudo almejou documentar um recorte da epidemia no âmbito hospitalar entre jovens, apontando os principais fatores do diagnóstico tardio.


Objetivos
Analisar o perfil epidemiológico e clínico de jovens vivendo com HIV/Aids que foram internados.


Metodologia
Estudo retrospectivo e descritivo com jovens de 15 a 29 anos vivendo com HIV/Aids que estiveram internados em hospital de referência do Ceará, no período de janeiro a junho de 2015. Foram utilizadas fontes secundárias dos prontuários e Sistemas de Informação SIM, SISCEL e SINAN. A coleta de dados ocorreu em dezembro de 2016 e janeiro de 2017, utilizou-se um formulário contendo variáveis sócio demográficas e clínico epidemiológicas. A análise dos dados foi realizada por meio do programa Microsoft Excel.


Resultados
Foram identificados 95 jovens na faixa etária do estudo, o perfil caracterizou-se pela predominância do sexo masculino (82,1%), faixa etária de 21 a 29 anos (87,4%), declararam orientação homossexual (30,5%) e uso de drogas (48,4%).Foram notificados com critérios de Aids(77,9), a principal coinfecção foi atuberculose (31,6%), seguida de neurotoxoplasmose (9,5%) e leishmaniose (6,3%), em relação ao perfil imunológico observou-se linfócito T CD4+inicial menor que 350 células/mm³ em (64,2%) dos jovens, estratificando esses, (36,8%) tiveram o primeiro CD4 menor que 100, (13,7%) entre 101 e 200, (13,7%) entre 201 e 350.Quanto ao desfecho óbito ocorreu em (33,7%) dos jovens.


Conclusões/Considerações
O diagnóstico tardio do HIV em jovens foi evidenciado pelo grau de imunodeficiência avançada e como provável determinante para evolução dos óbitos. Embora tenha havido avanços em novas tecnologias para o diagnóstico oportuno do HIV o diagnóstico tardio ainda é uma realidade. Espera-se que esse estudo contribua para ampliar ações principalmente de acesso ao diagnóstico oportuno de jovens mais vulneráveis no estado do Ceará.

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