28/07/2018 - 08:00 - 09:50 COC12g - HIV/AIDS |
25408 - COMPORTAMENTO SEXUAL DE RISCO E A REALIZAÇÃO DE TESTAGEM PARA HIV EM JOVENS: ESTUDO MULTICÊNTRICO GLAUCIA FRAGOSO HOHENBERGER - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., NATÁLIA LUIZA KOPS - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., MARINA BESSEL - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., JULIANA CAIERÃO - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., JAQUELINE DRIEMEYER C. HORVATH - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS., ADELE SCHWARTZ BENZAKEN - DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS (DIAHV) - BRASÍLIA/DF., FLAVIA MORENO ALVES SOUZA - DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA, PREVENÇÃO E CONTROLE DAS IST, DO HIV/AIDS E DAS HEPATITES VIRAIS (DIAHV) - BRASÍLIA/DF., CARLA DOMINGUES - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - BRASÍLIA/DF., ANA GORETTI KALUME MARANHÃO - PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO - BRASÍLIA/DF., ELIANA MÁRCIA DA ROS WENDLAND - HOSPITAL MOINHOS DE VENTO – PORTO ALEGRE/RS.
Apresentação/Introdução A identificação precoce do HIV tem impacto direto na qualidade de vida dos portadores do vírus. O diagnóstico de HIV por testagem rápida é de fácil realização e acesso no Brasil, porém a procura pelo teste tem associação controversa com comportamento sexual de risco na literatura, principalmente em se tratando de adultos jovens.
Objetivos Avaliar a associação entre a realização do teste de HIV e comportamento sexual de risco em jovens no Brasil.
Metodologia Foram analisados os dados do Estudo POP-Brasil (Estudo de Prevalência do Papilomavírus no Brasil). Foram incluídos jovens entre 16 e 25 anos com vida sexual ativa. Os dados foram coletados em Unidades Básicas de Saúde por profissionais treinados que aplicaram um questionário estruturado no período de setembro de 2016 a dezembro de 2017. Foi questionado a todos os indivíduos sobre a realização de teste de HIV ao longo da vida e sua positividade. Para avaliação de comportamento sexual de risco foi considerado a presença de pelo menos um dos fatores: uso rotineiro de preservativo, mais de 4 parceiros sexuais na vida e primeira relação sexual antes dos 13 anos de idade.
Resultados Foram entrevistados 8.580 participantes, sendo 6.377 mulheres. 56,4% dos indivíduos se autodeclaram pardos e 55,8% pertenciam à classe social C. 45,7% dos entrevistados relataram teste de HIV prévio. 65,6% dos participantes relataram algum comportamento sexual de risco, sendo mais frequente no sexo masculino em relação ao sexo feminino (52,7% vs. 47,3%, p<0,001). Destes, 47,4% já haviam feito exame de HIV em relação a 42,5% dos jovens que não apresentaram comportamento de risco (p=0,015). O comportamento de risco mais frequente foi o não uso de preservativo (73,7%), seguido pelo número de parceiros nos últimos 5 anos maior que 4 (46,3%) e idade da primeira relação menor que 13 anos (13,3%).
Conclusões/Considerações Metade dos jovens entrevistados já realizaram testagem de HIV e jovens com comportamento de risco o fazem com maior frequência. A busca pela testagem neste grupo poderia ser explicada pela ausência de uso de preservativo, que foi bastante elevada neste grupo. Medidas educacionais para o aumento do uso de preservativo devem ser incentivadas nesta população.
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