Comunicações Orais Curtas

27/07/2018 - 08:00 - 09:50
COC12c - Hanseniase

25764 - RACIALIZAÇÃO DA HANSENÍASE E SEUS DESDOBRAMENTOS EM ADOLESCENTES ACOMETIDOS PELA DOENÇA
MICHELLE CHRISTINI ARAÚJO VIEIRA - UNIVASF, LUÍS AUGUSTO VASCONCELOS DA SILVA - UFBA, MARGARET OLINDA DE SOUZA CARVALHO E LIRA - UNIVASF, SUED SHEILA SARMENTO - UNIVASF, MARIA DA GLÓRIA LIMA CRUZ TEIXEIRA - UFBA


Apresentação/Introdução
O racismo é reconhecido e condenado na Constituição Federal, punido como crime inafiançável. O estigma de raça é um processo dos outros para o/a jovem e, também, dele/dela para consigo mesmo/a. Ocorre uma racialização da doença no momento em que o efeito colateral da clofazimina cora e escurece a pele, os/as jovens se veem sofrendo com a discriminação de raça, também, pelos seus pares.


Objetivos
Esta pesquisa teve por objetivo compreender as repercussões da hanseníase na imagem corporal de jovens afetados pela doença a partir da mudança de cor da pele decorrente do uso da Clofazimina no tratamento da doença.


Metodologia
Abordagem qualitativa, buscando auxílio no referencial teórico da sociologia de Erving Goffman. Para tal, utilizamos as noções de “fachada”, “performance” e “estigma” para a compreensão do processo saúde-doença. Participaram desta pesquisa quatorze jovens de ambos os gêneros, menores de 15 anos, registrados no programa de controle da hanseníase dos municípios de Petrolina - PE e Juazeiro – BA e com alta por cura. Os/as jovens foram identificados por nomes fictícios que retrataram as flores da Caatinga. Para a interpretação dos resultados, utilizamos o trabalho de Squire sobre pesquisa com narrativas. Foi aprovada pelo Comitê de Ética CAAE: 52801216.0000.5196 e parecer nº:1.448.193.


Resultados
Foi possível observar nas narrativas que não é fácil mentir ou omitir sua condição, pois o escurecimento da pele e corpo marcado denuncia sua condição de hansênico, agravados pelo reposicionamento em uma raça a qual ele não reconhece seu pertencimento. Desta forma, eles/elas se percebem pertencentes a outra raça por causa do escurecimento de sua pele, e isso os/as remete ao preconceito que é produzido e que eventualmente poderão sofrer por pertencer a este grupo. Ocorre uma racialização da doença no momento em que o efeito colateral da clofazimina cora e escurece a pele, os/as jovens se veem sofrendo com a discriminação de raça, também, pelos seus pares.


Conclusões/Considerações
Para entender esse “corpo jovem adoecido e escurecido pela hanseníase”, é importante que se entenda essa “rede” em que se produz o adoecimento/a enfermidade. Em outras palavras, como o fenômeno da hanseníase acontece ou emerge no cotidiano desses/as jovens, que inclui uma heterogeneidade de eventos e ações.

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